Pular para o conteúdo principal

Participe da pesquisa que vai avaliar impactos do Agir e SQV

Linha fina
Programas foram implementados sem participação de trabalhadores e causam transtornos na rotina de trabalho, penalizações injustas, demissões injustificadas e até mesmo adoecimentos
Imagem Destaque
Arte: Freepik

A fim de subsidiar as negociações frente ao Itaú visando melhorias nas condições de trabalho, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região quer ouvir a opinião dos trabalhadores sobre os programas Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir) e o Score de Qualidade de Venda (SQV).  Para isso, a entidade disponibiliza a pesquisa para os empregados que quiserem participar. As respostas serão confidenciais.

Para acessar a pesquisa, clique aqui.

“Vamos reportar aos representantes do banco as denúncias que recebermos dos bancários sobre metas abusivas e condições de trabalho degradantes”, explica Carlos Damarindo, secretário de Saúde do Sindicato e bancário do Itaú.

“As melhorias nas condições de trabalho e a ampliação dos direitos que o Sindicato conquista são feitas com a participação da categoria, por isso é fundamental a participação nessa pesquisa”, orienta Damarindo.

Assine o boletim eletrônico com notícias específicas do Itaú
Faça a sua sindicalização e fortaleça a luta em defesa dos direitos dos bancários

Na avaliação do Sindicato, quem trabalha nas agências digitais executa trabalho análogo ao de call center, mas cumpre jornada de 8 horas e opera com vários canais de comunicação [chat, e-mail, telefone, videochamada], o que confirma a sobrecarga de atividades e jornada de trabalho além da permitida pela regulamentação vigente para a função de call center, que é de 6 horas.

E para piorar a situação, o Itaú impede o acesso dos representantes sindicais nesses locais de trabalho, de forma a distanciar a relação dos trabalhadores com os seus representantes sindicais, dificultando a fiscalização das denúncias e a constatação dos abusos nas condições de trabalho.

A decisão de realizar o estudo foi tomada em julho passado, após reunião da COE (Comissão Organizada dos Empregados dos bancários do Itaú-Unibanco), que representa os trabalhadores nas negociações com o banco.

A COE atua junto com a Contraf-CUT e seus sindicatos, e sempre cobra do banco que abra o diálogo e negociações sobre os dois programas. Com a atuação da COE vários avanços já foram conquistados para os bancários, como por exemplo, a redução da cobrança de metas de 12 para 11 meses no Agir.

O Itaú-Unibanco foi um dos pioneiros na utilização de ferramentas de Gestão Organizacional fundamentadas em avaliações por resultados e qualidade. O Agir é a maior ferramenta desse tipo dentro da instituição. Mais recentemente, o banco lançou um Programa de Qualidade Total denominado SQV, que serve, segundo a empresa, para avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários, o que gera penalidades aos trabalhadores. 
 
Só que, assim como o Agir, o SQV foi implementado sem participação alguma dos trabalhadores, o que faz com que esses programas entrem em conflito com o trabalho real; ou seja, o dia a dia dos funcionários. 

“Não há transparência, e os trabalhadores não têm acesso aos critérios tomados de forma unilateral pela gestão do banco, o que está causando problemas resultantes de avaliações e penalizações injustas; demissões injustificadas e até mesmo adoecimentos” afirma Carlos Damarindo.

seja socio