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Itaú: Sindicato cobra reajuste no PCR e soluções para problemas no GERA

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A sigla GERA, em fundo laranja, acompanhada de um emoji de raiva

Na última terça-feira 11, o Sindicato, por meio da COE-Itaú (Comissão de Organização dos Empregados do Itaú), se reuniu com representantes do banco. No encontro, os representantes dos bancários cobraram reajuste do PCR (Programa Complementar de Resultados), soluções para diversos problemas do GERA, entre outros pontos.

PCR

Na reunião, os representantes do Itaú apresentaram um histórico das negociações sobre PCR. Já os representantes dos bancários demonstraram que os trabalhadores estão tendo perdas acumuladas ao longo dos anos no pagamento do PCR, especialmente na comparação com os reajustes da categoria e com o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Para a representação dos bancários, o reajuste deveria refletir a isenção fiscal aplicada à PLR. Por sua vez, o banco afirma não reconhece que os trabalhadores tiveram perdas e afirma que os valores foram definidos em negociações anteriores.

“O mínimo que esperamos é que o PCR seja reajustado de forma condizente com o lucro bilionário do Itaú, que cresce exponencialmente ano após ano”, enfatiza a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE-Itaú, Valeska Pincovai.

Será definida data para nova reunião sobre o tema, na qual o banco apresentará os valores para que seja possível realizar o debate.

GERA

Durante o encontro, foi realizada a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre o GERA, ferramenta de gestão e mensuração de desempenho do Itaú. A representação dos bancários trouxe para o debate uma série de problemas e cobrou soluções.

Entre os principais problemas, estão:

  • “Fale com o GERA” não funciona: bancários precisam utilizar controles “alternativos” como, por exemplo, prints de tela, para abrir ocorrências. Muitos pedidos são classificados como improcedentes e as respostas são automáticas, sem resolução efetiva. Ocorrências só podem ser abertas por GA´s, GGA´s e GRNA´s.
  • SQV (Sistema de Qualidade de Vendas): penalização por denúncias consideradas improcedentes; penalização para a agência que recebeu um funcionário que originou a ocorrência em outra unidade; reuniões que “sugerem” atos fora das regras.
  • Não se leva em consideração as especificidades de cada agência.
  • Cobranças diárias e mensais, ainda que o GERA seja trimestral.
  • Programas paralelos de premiação, com rankings e dinâmicas inadequadas, pressionando e constrangendo os trabalhadores.
  • Atraso na divulgação dos resultados.
  • Pontuação mínima não é respeitada. Apesar dos 1.000 pontos serem considerados suficientes para a empregabilidade, na prática não são suficientes. O que gera pressão constante para que o trabalhador alcance pontuações superiores.
  • Falta de atualização do VB. O Personalitte, por exemplo, não recebe atualização de valores há mais de três anos.
  • Espelhamento: representação dos bancários cobra que o prazo para efetivação de uma venda seja ampliado de 7 para 14 dias.

“Cobramos soluções urgentes para os problemas apresentados. O GERA não pode ser utilizado como uma ferramenta de pressão, assédio e adoecimento. Queremos que o GERA seja de fato um programa justo, com metas claras e viáveis”, destaca Valeska.

Uma próxima reunião do GT sobre o GERA será marcada ainda para o mês de março. “Esperamos que seja possível solucionar os problemas que afligem os bancários do Itaú”, conclui a diretora executiva do Sindicato e coordenadora da COE-Itaú.

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