Nesta sexta-feira 22, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander reuniu-se com representantes do banco para debater o avanço da pandemia de coronavírus e medidas de proteção aos trabalhadores e clientes.
“As medidas que estão sendo implementadas para prevenção ao coronavírus são insuficientes considerando a segunda onda, a intensidade da pandemia, as mutações do vírus, que possuem maior transmissibilidade, inclusive entre pessoas não incluídas nos grupos de risco, abaixo dos 60 anos e sem comorbidades. Muitos especialistas apontam a necessidade de um lockdown, uma vez que o calendário de vacinação ainda é precário” diz a diretora do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Lucimara Malaquias.
“O banco insiste na responsabilidade individual dos trabalhadores na prevenção do Coronavirus, que existe, porém a responsabilidade institucional é muito maior. O Santander emprega mais de 45 mil pessoas, atende milhares de clientes e se relaciona com milhares de fornecedores e parceiros de negócios, opera como concessão publica e, diante da calamidade que se encontra o país, tem responsabilidade inclusive em contribuir com a conscientização de funcionários, clientes e da população como um todo. Cada vez que o banco convoca para o retorno presencial [prédios do Santander operam hoje com 70% de ocupação, agências possuem percentual maior e apenas grupo de risco permanecem em casa], cada vez que gestores convocam para caravanas e visitas externas, cada vez que ocorrem reuniões presenciais, o banco corrobora com a ‘cultura negacionista’ que vitimiza o país”, acrescenta.
A representação dos bancários cobrou do Santander o imediato retorno ao home office e rodízio entre equipes, de forma que a saúde e a vida dos trabalhadores sejam resguardados. Entretanto, o banco insiste que este não é o momento de retomar esta discussão e que por hora o contingente de bancários trabalhando presencialmente permanecerá o mesmo.
“A questão é que já chegamos a mais de 210 mil mortos no país, as taxas de ocupação das UTIs nas redes públicas e privadas superam os 80%. O Santander está esperando o que para retomar o home office? É uma pergunta que fica sem resposta. E essa falta de resposta é um desrespeito com os trabalhadores, com as vítimas do Covid-19 e com a população brasileira, que tanto lucro dá ao grupo espanhol”, enfatiza a diretora do Sindicato.
Também na tarde desta sexta-feira, diante do avanço da pandemia e da alta ocupação de leitos hospitalares, a Grande São Paulo regrediu para a fase laranja de combate ao coronavírus, a segunda mais restritiva. Além disso, aos finais de semana, feriados e todos os dias após as 20h, todo o Estado de São Paulo entra na fase vermelha, na qual só poderão operar serviços essenciais, entre eles os bancos.
Protocolo
O Santander apresentou o protocolo que está sendo implementado no banco, incluindo os tipos de testagem. O Sindicato cobrou que o banco forneça o protocolo, por escrito, tanto para os sindicatos quanto para os trabalhadores. De acordo com o Santander, o protocolo está disponível no Portal RH e também já foi enviado aos funcionários.
Porém, ocorre uma falha na comunicação, uma vez que muitos trabalhadores ainda não sabem o que fazer numa situação de suspeita de Covid-19 e a demora na implementação do protocolo pode significar maior contaminação no ambiente de trabalho.
"As metas chegam em todos os trabalhadores, todos os dias, mas a informação do que fazer sobre a pandemia demora pra chegar ou chega incompleta. Cobramos que o banco reforce e use todos os canais disponivéis para melhorar esta comunicação que pode salvar vidas", diz Lucimara.
Telemedicina
Sobre o serviço de telemedicina disponibilizado aos trabalhadores, o atendimento foi prorrogado até o final de fevereiro. O contato da telemedicina do Albert Einstein é (11) 2151-7690 e atende 24 horas, sete dias por semana.
Visitas externas
O Santander alega que não existe orientação para que gerentes realizem visitas externas e caravanas. Entretanto, são inúmeras as denúncias de gestores que insistem nestas práticas.
“O banco diz que recomenda que não ocorram visitas externas. Nós, como representantes da categoria, cobramos que as visitas sejam proibidas. Estamos em um momento crítico da pandemia e cobrar a realização de visitas nada mais é do que um atentado contra a vida”, conclui a diretora do Sindicato.
Compensação de horas
A questão da compensação de horas ainda está em discussão e será retomada na próxima semana.
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