Dados preliminares de uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região mostram o avanço da Covid-19, com a chegada da variante Ômicron, mais transmissível que as anteriores, em agências e departamentos. Do total de bancários que responderam a pesquisa, mais de 88% relataram casos de Covid-19 ou gripe (Influenza) nos últimos 30 dias. A consulta segue até o próximo dia 15.
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“A participação dos bancários na pesquisa é fundamental para que o Sindicato possa atuar junto ao banco a fim de cobrar que os protocolos sejam respeitados, e também para mensurar a situação na categoria, o que nos dá mais subsídios para cobrar novas medidas de proteção aos trabalhadores, e também as providências cabíveis do setor público”
Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato
“Os dados preliminares da pesquisa já apontam para um cenário de ampla contaminação nos locais de trabalho, que exige que o respeito aos protocolos seja redobrado, além da abertura de negociação com os bancos para a adoção de novas medidas de proteção para bancários e clientes. Diversos setores estão sendo impactados pela Ômicron, assim como pelo atual surto de Influenza, com fechamentos acarretados pelo elevado número de trabalhadores contaminados e afastados, e no setor bancário a situação não é diferente”, acrescenta Neiva.
A secretária-geral do Sindicato revela ainda que apenas na última semana, na base de atuação do Sindicato, foram fechadas cerca de 150 agências por conta de casos de Covid-19.
“O Sindicato está em permanente atuação para assegurar que os protocolos sejam rigorosamente respeitados e também em contato com os bancos para viabilizar novas medidas de proteção para a categoria. Não é o momento de relaxar no cumprimento dos protocolos nos locais de trabalho, e também nos cuidados fora do banco, como o uso de máscaras, distanciamento, evitar aglomerações e higienização frequente das mãos com álcool gel. E, claro, não deixar de tomar as duas doses da vacina, assim como a dose de reforço. Juntos vamos vencer a pandemia”, orienta a diretora do Sindicato.
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Não vá ao local de trabalho com sintomas
O Sindicato orienta ainda os bancários a não comparecerem ao local de trabalho com sintomas de Covid-19 ou Influenza.
O bancário que estiver com sintomas gripais deve avisar ao gestor e não comparecer ao local de trabalho, realizar teste de Covid-19 e, se possível, o de Influenza, aguardando o resultado em casa, seguindo protocolos específicos do seu banco, que são acompanhados pelo Sindicato.
No caso do Banco do Brasil, o protocolo foi unilateralmente alterado pelo banco, sem anuência do Sindicato, de forma a aumentar o risco de contaminação dos trabalhadores. O movimento sindical, por meio da Contraf-CUT, acionou o MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a decisão do BB de alterar o manual de segurança sobre a Covid-19. O banco já foi intimado a comparecer em uma audiência sobre a questão na quarta-feira 12.
Por sua vez, o gestor deve viabilizar junto à área responsável a testagem de todos que tiveram contato com o trabalhador que testou positivo, assim como a sanitização do local de trabalho e, se for o caso, o afastamento dos trabalhadores e fechamento do local.
Afastamento por Covid-19 é para repouso
Por fim, a secretária-geral do Sindicato enfatiza que o afastamento do trabalhador devido à Covid-19 é para repouso, mesmo em casos assintomáticos, viabilizando sua pronta recuperação.
“O médico não pode ‘receitar’ o home office. Se o trabalhador tiver um resultado positivo para Covid-19, ele deve ser afastado de suas funções, sejam presenciais ou em home office. A prioridade é a sua saúde. Qualquer conduta diferente por parte do banco deve ser denunciada ao Sindicato. O sigilo é garantido”, conclui Neiva.
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