O dia 8 de janeiro se tornou um marco para o fortalecimento da democracia e um alerta para grupos organizados que financiam, planejam e executam a tentativa de golpe.
É preciso que toda a sociedade se manifeste contra os ataques à democracia, em uma resposta firme contra o fascismo. Vivemos anos de retrocessos políticos, sociais e econômicos durante o governo de Bolsonaro. Os ataques realizados há um ano, com vandalismos, invasões e depredações ao patrimônio público evidenciaram a tentativa de golpe com ameaças frequentes de um chefe de estado que, durante toda a sua gestão, atacou o sistema eleitoral para descredibilizar as urnas eletrônicas.
Uma pesquisa publicada no dia 11 de janeiro de 2023, encomendada pelo instituto Datafolha, apontou que 93% dos entrevistados condenam os ataques e 46% dos entrevistados acreditavam que os envolvidos nos ataques deveriam ser presos. A gravidade da situação exige punição de todos os envolvidos.
Para que essa situação não aconteça novamente, precisamos alertar sobre a importância do voto e de eleger políticos comprometidos com a classe trabalhadora.
Desde 2016, com o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente com mais de 54,4 milhões de votos, o país viveu uma derrocada democrática. Derrocada esta que passou pela proibição da candidatura do ex-presidente Lula nas eleições de 2018, situação considerada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU uma violação aos direitos políticos do ex-presidente, o que culminou na eleição de Jair Bolsonaro.
Na época, o Comitê de Direitos Humanos da ONU enviou documento cobrando explicações do governo federal por ameaças à democracia e aos direitos humanos, listando os ataques de Jair Bolsonaro ao poder judiciário, o desmonte das ações de combate à corrupção, o corte de recursos para programas de apoio à mulher, a propagação de discursos de ódio, além de investidas contra indígenas, população negra, imprensa, a violência policial, entre outras suspeitas de violações.
Com o aumento da miséria e da fome no Brasil, o Sindicato manteve a campanha Bancário Solidário. Durante quase três anos, e uma parceria entre o Sindicato e diversas entidades como o Rede Rua, a quadra dos Bancários foi utilizada para a produção de refeições e distribuição, diariamente, de cerca de mil marmitas e sopas arrecadadas a partir de doações de empresas, entidades e pessoas físicas. A ação ocorreu por meio da campanha Bancário Solidário, criada em março, durante a pandemia, para que bancários pudessem fazer doações financeiras, de alimentos e roupas. Somente no Natal, o Bancário Solidário, em 2023, ajudou mais de mil famílias.
Este ano, 152 milhões de eleitoras e eleitores estão aptos a votar e eleger candidatas e candidatos aos cargos de prefeito e vice-prefeito, vereadoras e vereadores, que atuarão nas casas legislativas dos municípios do país.
O Brasil constitui-se em uma democracia e tem nas eleições uma valiosa expressão da soberania popular. O voto direto, secreto e universal é uma das grandes conquistas da sociedade e a resposta, de todos nós, precisa ser também nas urnas, com o compromisso e o fortalecimento das nossas instituições públicas.