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Chapéu
Condições de trabalho

Sindicato se reúne com C6 Bank para tratar de PPR, assédio e outros temas

Imagem Destaque
Imagem composta de uma mesa de reunião de trabalho ocupada por pessoas e com um filtro de um detalhe do logo do C6 Bank

O Sindicato dos Bancários de São Paulo reuniu-se nesta quinta-feira 16 com representantes do C6 Bank para tratar dos seguintes temas:

  • Programa de Participação nos Lucros e Resultados (PPR);
  • Acordo de Ponto Eletrônico;
  • Termo de entendimento para coibir práticas de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho;
  • Modelo de trabalho presencial;
  • Apuração de denúncias recebidas pelo canal do Sindicato;
  • Preocupações com a saúde mental dos trabalhadores.

PPR

O Sindicato reafirmou sua posição em relação às regras para os acordos de PPR e reforçou a importância do respeito integral à regra da PLR prevista na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Há compromisso do banco na negociação de um acordo para o exercício de 2025 que abranja todos os empregados do C6.

“Agora nós vamos construir conjuntamente uma proposta que começará a ser desenhada em março a fim de alcançar um denominador comum que seja bom para os trabalhadores e para o banco”, informa Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Em relação ao programa aplicado pelo C6 em 2024, o Sindicato mantém o entendimento e orienta que os empregados que se sintam lesados, procurem o atendimento jurídico da entidade para a propositura de ações individuais.

Ponto eletrônico

A partir de reivindicações do Sindicato – e diante de inúmeras denúncias de extrapolações de jornada, incluindo trabalho aos finais de semana –, o C6 implantou um projeto-piloto para controle de ponto nas áreas Carbon Partners PJ, Atendimento PF, Assessoria de Investimento, Atendentes e Assistentes. O controle é feito via login no notebook do empregado.

Após seis meses, o banco avaliou a experiência como positiva. “Portanto, a implementação do controle trouxe mais segurança e previsibilidade para todos. O Sindicato já solicitou que este controle seja estendido para mais áreas. Neste sentido, a ideia é celebrar um Acordo Coletivo de Trabalho, com deliberação feita pelos empregados, a fim de reconhecer esse sistema de controle de jornada”, ressalta Lucimara.

Coibição de assédio moral e sexual

Está em discussão com o banco um termo de entendimento para coibir práticas de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho – a ser chamado de Termo de Relações Humanizadas no ambiente de trabalho.

O documento será mais um instrumento coletivo no sentido de registrar o interesse do C6 Bank em manter um diálogo aberto, transparente e construtivo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo na busca de soluções para eventuais conflitos no ambiente de trabalho.

“Esse acordo é de extrema importância, pois estabelecerá compromissos a fim de coibir a prática de assédio moral e sexual e atitudes discriminatórias no ambiente de trabalho. Além disso, o instrumento prevê ações de acolhimento a vítimas, cuidados com a saúde mental, etc.”, enfatiza Lucimara Malaquias.

Em dezembro de 2024, o Sindicato recebeu mais denúncias, por meio do seu Canal de Denúncias, sobre controle do tempo de atendimento com os clientes, por meio de planilhas. Essa medida gerou muito descontentamento entre os trabalhadores.

Na reunião desta quinta 16, mais uma vez os representantes do C6 reiteraram que o controle de tempo de atendimento não é uma politica institucional do banco, e afirmaram que serão identificados os gestores que estão promovendo essa medida por conta própria, descumprindo orientação dos executivos do banco.

Modelo de trabalho presencial

Por fim, o banco confirmou que adotará cada vez mais o modelo de trabalho presencial, pois entende que a jornada é flexível e atende às demandas dos empregados.

Além do mais, perceberam que a produtividade acabou afetada pela distância e ausência de comunicação entre as equipes. O banco alega que não há inovações por um período. Observaram que o trabalho apenas à distância afasta os empregados da cultura do banco.

“A reunião desta quinta-feira 16 é mais um passo no fortalecimento da relação do Sindicato com o C6 visando a solução de conflitos e problemas no ambiente de trabalho. Valorizamos o diálogo com o banco, que reconhece o trabalho do Sindicato junto aos trabalhadores. Há um canal direto entre os trabalhadores do C6 com o Sindicato, e as ações tomadas ali, se não aprovadas pelos empregados, são informadas imediatamente ao Sindicato, na confiança da resolução dos problemas”,  destaca Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato.

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