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Governo quer que bancos públicos ampliem crédito

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Entre as medidas está ofensiva do Banco do Brasil e da Caixa Federal pela redução do spread bancário
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São Paulo – Os dois maiores bancos públicos do país, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, devem capitanear uma ofensiva do governo federal para forçar a queda do spread bancário.

Segundo reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S. Paulo, pouco antes do Carnaval, o governo está insatisfeito com a postura das instituições financeiras privadas em relação ao spread – a diferença entre o valor pago pelos bancos para captar recursos e o cobrado pelos tomadores de crédito.

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De acordo com informação do Ministério da Fazenda, nos últimos dois anos, o spread caiu apenas 0,6 ponto percentual. Além disso, no final de 2011 estava em 18 pontos, mantendo a média dos últimos anos.

Para o varejo, o spread, que chegou a ser de cerca de 60 pontos há 10 anos, caiu para 34 pontos em dezembro de 2011, mas ainda é visto como muito alto para padrões internacionais. Um dos objetivos do governo com a queda do spread é ampliar a oferta de crédito.

“Trabalhadores, pequenos agricultores, micro e pequeno empresários reivindicam há anos a redução do spread bancário. Todos os bancos têm condições de atender esse anseio popular, com menos juros e mais recursos para consumo e para a indústria, em um ciclo virtuoso. A redução pode ainda tornar o crédito mais atrativo e reduzir a inadimplência”, afirma o diretor executivo do Sindicato e funcionário do Banco do Brasil Ernesto Izumi. “Além disso, os bancos devem investir nas condições de trabalho dos bancários para melhorar o atendimento aos clientes.”

Correspondentes – Dentre as medidas para ampliar o crédito, BB e Caixa também estudam ampliar a oferta para as pessoas com baixa renda e que têm dificuldade na obtenção de empréstimo bancário, mas, para isso, pretendem utilizar os chamados correspondentes bancários. No caso, a utilização das nove mil lotéricas, pela Caixa, e as seis mil unidades do Banco Postal pelo BB.

De acordo com a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, embora a medida vise facilitar o crédito para as camadas mais carentes da população, é necessário que esse trabalho seja feito pelos bancários. “Esse tipo de serviço precisa de estrutura adequada que inclui, entre outros pontos, trabalhadores qualificados e com responsabilidade com o sigilo da informação. É inadmissível que essas medidas sejam feitas à esteira da terceirização. Fomentar o crédito e reduzir spread são mudanças positivas que os bancos devem adotar, mas essas medidas têm de ser tomadas respeitando as condições de trabalho e os direitos dos bancários”.


Redação com informações dos jornais Folha de S.Paulo e Estado de S. Paulo - 28/2/2012

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