São Paulo – A maioria dos terminais de autoatendimento do Banco24Horas não funciona por 24 horas, como deveria. A constatação foi feita pela Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, que visitou 23 caixas eletrônicos em seis bairros da capital: de classe alta (Moema e Jardins), média (Saúde e Vila Mariana) e baixa (Penha e Itaquera).
As visitas ocorreram sempre após as 22h, em dias úteis e finais de semana, e em 12 visitas – ou seja, 52,17% das vezes – não foi possível utilizar os caixas. O maior número de visitas frustradas se deu aos finais de semana, quando 75% dos terminais não puderam ser usados.
A principal causa foi a localização de caixas dentro de estabelecimentos comerciais que não funcionam por 24 horas. Mas também houve casos de terminais sem condições de uso, sem rede ou sem cédulas. A Proteste informou que vai enviar o resultado da pesquisa para a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e para o Banco Central e cobrar a regulamentação do serviço.
O Banco24Horas pertence à TecBan (Tecnologia Bancária), que é controlada pelo Banco do Brasil, Bradesco e Santander. A Proteste anunciou que reivindicará a adequação e mudança imediata do site da empresa, para que preste informações adequadas e verdadeiras aos clientes, já que não informa quais terminais funcionam em locais que fecham durante a noite e de madrugada.
Segundo a entidade, a TecBan terá de modificar o site, arrumando a “grafia dos nomes das ruas e locais indicados”, que muitas vezes não condizem com os nomes corretos dos logradouros. Além disso, “indicar o horário de abertura e fechamento dos locais nos quais os caixas 24 horas se encontram; indicar de maneira clara e correta o tipo de estabelecimento no qual se encontra o caixa 24 horas; e que seja retificada a propaganda de que o caixa funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, nos casos em que o caixa se encontra em estabelecimentos fechados ou que não funcionam”.
A Proteste também questionará, junto ao BC, prazos para conserto dos terminais, já que alguns apresentavam problemas.
Andréa Ponte Souza - 22/2/2012
