São Paulo – A luta por um ambiente de trabalho saudável e pelo fim das metas abusivas e do assédio moral, principais causas de adoecimento na categoria bancária, estão entre as principais frentes de ação do Sindicato. É nesse contexto que a entidade realiza, na terça-feira 28, o seminário Práticas organizacionais, saúde e condições de trabalho bancário no capitalismo em crise, primeira ação da Campanha Menos Metas Mais Saúde, que está em sua segunda edição e será colocada em prática durante todo o primeiro semestre do ano. A data também é lembrada como o Dia Internacional de Combate às LER/Dort.
O evento acontece na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro, Edifício Martinelli), das 9h às 17h. A palestra da professora Nise Jinkings abre os debates. Socióloga com doutorado pela Unicamp, Nise é autora de dois livros cujo tema é saúde bancária: O mister de fazer dinheiro: automatização e subjetividade no trabalho bancário (Boitempo Editorial) e Trabalho e resistência na “fonte misteriosa”: os bancários no mundo da eletrônica e do dinheiro (Editora da Unicamp/Imprensa Oficial SP).
À tarde, serão discutidas as metas de produtividade no setor automobilístico e farão parte da mesa os membros do Comitê Sindical de Empresa (CSE) da Mercedes Benz, Aroaldo Oliveira da Silva, Wagner Luiz de Freitas e João dos Santos Souza. A ideia é promover uma troca de experiência com esses trabalhadores, que também sofrem pressão pelo cumprimento de metas, e entender como o movimento sindical da categoria lida com isso. "São realidades bem diferentes, a da fábrica e a do setor financeiro, mas com certeza podemos aprender com a vivência deles e com a forma como eles enfrentam o problema", ressalta o secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale.
Adoecimento – A categoria bancária é uma das que mais apresenta doenças ocupacionais, tanto mentais quanto físicas. Números do INSS mostram que, de 2005 a 2008, 1.489 bancários receberam auxílio-doença por incapacidade causada por doenças do sistema musculoesquelético. Apesar de alto, esse total está aquém da realidade já que não são computados os que continuam trabalhando, mesmo doentes, nem os que têm o benefício negado. Além disso, doenças como estresse e depressão são comuns entre os trabalhadores do ramo financeiro.
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Mais informações sobre o seminário pelo telefone 3188-5270 ou pelo saú[email protected].
*Atualizada às 17h de 24/2/2012
Andréa Ponte Souza - 22/2/2012