São Paulo – O Sindicato repudia veementemente a medida anunciada por alguns bancos – como o Itaú Unibanco – de que estão retirando as portas de segurança com detector de metal das agências.
De acordo com matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo desta quinta 9, a retirada das portas está sendo motivada em virtude do grande número de processos judiciais por danos morais movidos por clientes que têm sofrido dificuldades no acesso às unidades bancárias. No entanto, muitos clientes são favoráveis a manutenção dos equipamentos.
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“Para superar isso os bancos têm de fazer uma campanha de esclarecimento sobre a necessidade dos mecanismos de segurança para inibir a ação de marginais, jamais retirar as portas de segurança. Além disso, tem de haver investimento na modernização dos equipamentos, manutenção permanente para obter eficiência nos detectores de metal e garantir melhores condições de trabalho aos vigilantes como a redução de jornada, remuneração maior e garantir mais treinamento”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
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Roubos – Dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo revelam que, em 2011, houve registro de 251 casos de roubo a bancos no estado, crescimento de 19% na comparação com o ano anterior. Além disso, são recorrentes os casos de assaltos a agências que não contam com a porta giratória. Em muitas situações bancários, vigilantes e clientes ficam à mercê de marginais como aconteceu recentemente em agências do Itaú, em Carapicuíba, e do Bradesco, em Itapecerica da Serra.
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Mortes - Segundo levantamento da Contraf-CUT e da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), 49 pessoas foram mortas em assaltos envolvendo bancos em todo o país. Além disso, o descaso das instituições financeiras com os usuários das agências é tão gritante que, em dezembro de 2011, a Polícia Federal multou dez bancos em R$ 1,258 milhão por descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e normas de segurança, durante a 92ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (Ccasp) do Ministério da Justiça, em Brasília. Santander, Bradesco, Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Federal foram os mais punidos.
Retrocesso - O Sindicato considera a retirada das portas giratórias como um retrocesso para a segurança de bancários e clientes. O equipamento reduz a incidência de assaltos violentos nas agências bancárias. A utilização do mecanismo não pode ser tratada como assunto de layout de agência ou torná-las “amigáveis”, mas sim com questão de segurança bancária.
O Sindicato defende não só a manutenção da porta como a sua obrigatoriedade em todas as agências. E mais, que o dispositivo esteja em pleno funcionamento, com detector de metais, vidros blindados e manutenção permanente, além de funcionários devidamente treinados.
Portas na capital - Em 2007, após intensa campanha da categoria, o prefeito Gilberto Kassab recebeu uma comissão do Sindicato e assumiu o compromisso de aprovar uma lei que determinasse a instalação de portas de segurança nas agências bancárias da cidade. No dia 17 de junho de 2008, entretanto, Kassab vetou o Projeto de Lei nº 09/2008 (aprovado por unanimidade na Câmara Municipal), de autoria do vereador Francisco Chagas (PT), e subscrito pelo vereador Dalton Silvano (PSDB), que previa a obrigatoriedade das portas.
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Jair Rosa e Elisangela Cordeiro com informações da Folha de S. Paulo - 9/2/2012