São Paulo – Segundo o Banco Central, dos aproximadamente 5,6 mil municípios brasileiros, 233 não têm dependências bancárias. As cidades também não têm lotéricas, caixas eletrônicos ou postos de atendimento. Isoladas, as pessoas utilizam internet ou estabelecimentos em municípios vizinhos.
Entre 2012 e 2013, apenas 19 cidades ganharam agências. Proporcionalmente, a pior situação é no Piauí, em que 68 dos 224 municípios – ou 30,4% – não têm nenhum serviço bancário. Depois, aparecem Tocantins (22,3%), Paraíba (21,1%) e Rio Grande do Norte (21%).
O Nordeste é a região que apresenta o maior número de localidades com a falta de serviços bancários (9,1% dos 1.794 municípios), seguido pelo Norte (7,6%). As outras regiões têm valores mais baixos do que a média nacional (4,2%), sendo que a menor é a do Sul (0,2%).
O Sindicato defende que a realidade apontada pelo Banco Central é a oportunidade de abertura de novas unidades em todo o Brasil, assim como a criação de novos postos de trabalho. Estudo da Bankable Frontier Associates (BFA), instituto americano especializado em inclusão financeira, apontou no fim de 2013 que os brasileiros querem ser atendidos em agências.
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Falta agência, falta bancário – De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), "as instituições financeiras estão constantemente preocupadas em aprimorar seus canais de atendimento ao cliente e também em aumentar a capilaridade dos pontos físicos". E mesmo com a realidade apontada pelo BC, as instituições brasileiras divulgaram seus altos lucros na contramão de muitas dispensas.
Em 12 meses o Itaú reduziu 2.734 postos de trabalho enquanto lucrou R$ 15,8 bilhões. Já o Bradesco alcançou R$ 12,202 bilhões em lucro no mesmo período, mas diminuiu o número de bancários em 1.877 trabalhadores. O espanhol Santander reduziu 4.371 empregos – 957 apenas nos três últimos meses.
"Cobramos dos bancos mais empregos em agências bancárias seguras. Um dos setores que mais lucra no país deve isso aos bancários e a toda a sociedade", afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.
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Redação, com informações do G1 – 25/2/2014
