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Para CUT, crise se combate com crescimento

Linha fina
Central também vê tentativa de 'desestabilização da ordem democrática'. No dia 24, será lançado manifesto em defesa da Petrobras. Haverá jornada de lutas nos dias 2 e 18 de março
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São Paulo – Apesar de reconhecer que a crise atual "é uma das mais graves da nossa história recente", a CUT avalia que o cenário político e econômico fortalece setores que se opõe ao governo interessados – com apoio da mídia – na "desestabilização da ordem democrática". Mas na avaliação da executiva da central, que se reuniu em São Paulo, também há expectativas frustradas com a atual política econômica. "A crise se combate com o crescimento econômico, com a inclusão social e a diminuição das desigualdades, com o fortalecimento dos sindicatos e a democratização das políticas públicas. Direitos devem ser ampliados, nunca diminuídos", afirma a CUT, em resolução aprovada pela executiva.

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Com isso, a entidade diz reafirmar sua defesa de um modelo de desenvolvimento já exposto em uma plataforma apresentada nas últimas eleições – "e do projeto vitorioso nas urnas", acrescenta. Para a central, é momento de fazer manifestações em defesa do emprego, dos direitos sociais, da Petrobras e da reforma política.

"A CUT reafirma sua posição contrária às MPs 664 e 665 e defende uma proposta de política tributária que taxe os ricos. A Petrobras é nossa, pertence ao povo brasileiro. Jamais aceitaremos sua privatização. Seus recursos devem ser aplicados no desenvolvimento do país, em especial na educação", enfatiza a entidade, para a qual se combate com reforma política, e esta se viabiliza com uma Constituinte exclusiva. As medidas provisórias citadas, anunciadas no final do ano pelo governo, restringem o acesso a direitos trabalhistas e previdenciários.

A central anuncia uma "ampla mobilização de suas bases" com essas reivindicações, além de "vigilância" no Congresso para garantir a manutenção de direitos, incluindo o combate ao Projeto de Lei 4.330, sobre terceirização. No dia 24, a CUT participará do lançamento em defesa da Petrobras, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro. A marcha das centrais, prevista inicialmente para o dia 26, foi cancelada para a realização da Jornada de Lutas nos dias 2 e 18 de março.

A agenda inclui ainda um ato no Congresso Nacional em 4 de março, quando haverá lançamento do 12º Congresso Nacional da CUT (Concut), marcado para outubro, em São Paulo. No dia 13, está programado ato em várias capitais em defesa dos direitos sociais, da Petrobras e da reforma política.

Jornada de Lutas - No dia 2 os protestos serão realizados diante das superintendências regionais do Ministério do Trabalho e Emprego, nas capitais. Em 18 de março, uma manifestação será organizada diante do Parlamento.


Rede Brasil Atual - 12/2/2015
(Atualizada às 20h01)

 
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