São Paulo – Segundo pesquisa CUT/Vox, divulgada em dezembro, 85% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência. Mesmo sem nenhum respaldo popular, o governo Temer e seus aliados no Congresso Nacional insistem em botar pra votar a reforma que é desmonte.
Negociam verba pública – com perdão em dívidas do Funrural e via Refis de pequenas empresas – e gastam milhões em propaganda para aprovar mudanças nas regras de aposentadoria que só interessam aos que já ganham muito no Brasil.
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“É uma vergonha, não atingem os mais ricos, nem retiram privilégios de setores como o Judiciário, às voltas agora com denúncias sobre imorais auxílios-moradias”, afirma a presidenta do Sindicato, Ivone Silva. “Atacam a aposentadoria de milhões de brasileiros obrigados a viver com um salário mínimo ou pouco mais, enquanto mantêm repasses mensais de quase R$ 5 mil para quem já tem casa própria. Tudo pago com as verbas públicas que afirmam estar escassas quando o assunto é o pagamento das aposentadorias.”
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Dinheiro não falta na Previdência. “Se o governo quiser taxar grandes fortunas, acabar com a sonegação, ou com o perdão de dívidas de bancos, por exemplo, pode até sobrar recurso”, reforça Ivone.
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Mobilização nacional – Pelo direito à aposentadoria e contra a retirada de direitos que enfraquece ainda mais a Previdência, as centrais sindicais estão organizando uma greve para 19 de fevereiro, em todo o Brasil. É a Jornada de Luta contra a Reforma da Previdência, que seguirá enquanto a proposta do governo continuar em tramitação na Câmara dos Deputados.
Ivone lembra que são as instituições financeiras, apoiadoras do golpe contra os trabalhadores, as maiores interessadas no fim da aposentadoria pública. “Os bancos são os donos das previdências privadas e já estão crescendo o olho para esse filão que aumentará se essa reforma passar.”
O Sindicato realizará assembleias nos locais de trabalho, nos dias 8,9, 14 e 15 de fevereiro (veja edital abaixo), para que os bancários possam votar sobre a participação na greve nacional. Participe!
Pressão neles! – Apesar das dificuldades do governo para conseguir votos suficientes em ano de eleições, o movimento sindical está atento. E você pode participar dessa luta diária.
O site Na Pressão permite contatar os parlamentares por e-mail, mensagens, telefone ou redes sociais. A ferramenta, criada pela CUT, possibilita enviar, de uma só vez, e-mail para todos os parlamentares indecisos ou a favor da reforma da Previdência pelo link Ativar Ultra Pressão. E ao clicar na foto individual do parlamentar, é possível acessar informações completas, como partido, estado e até mesmo contato para envio de mensagens por meio do whatsapp.
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“É só acessar o site e começar a pressão”, orienta o presidente da CUT, Vagner Freitas. “Pressionar os deputados agora significa lutar hoje para garantir o direito à aposentadoria amanhã. Todo o trabalhador e trabalhadora que dedica uma vida inteira ao trabalho sonha um dia em poder se aposentar. E é por isso que estamos na luta.”
EDITAL DE ASSEMBLEIAS NOS LOCAIS DE TRABALHO
O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DE SÃO PAULO, com registro no 6º Ofício de Registro Civil das Pessoas Jurídicas desta capital sob o nº 20.309, CNPJ/MF nº. 61.651.675/0001-95, sediado na Rua São Bento, nº 413, Centro, São Paulo/SP, neste ato representado por sua presidenta, convoca todos os empregados em instituições financeiras públicas e privadas, sócios e não sócios, dos municípios de São Paulo, Osasco, Barueri, Carapicuíba, Caucaia do Alto, Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Juquitiba, Pirapora do Bom Jesus, Santana do Parnaíba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista, para a realização de assembleias nos locais de trabalho, nos dias 8, 9, 14 e 15 de fevereiro de 2018, para discussão e deliberação acerca da seguinte ordem do dia:
· Consulta aos trabalhadores representados pela entidade sindical, para deliberação sobre a suspensão coletiva da prestação de serviços, para participação em greve, a ser organizada pela CUT e demais centrais sindicais, contra a reforma da Previdência.
São Paulo, 7 de fevereiro de 2018
Ivone Maria da Silva
Presidenta