São Paulo – Os bancários vão decidir, em assembleias realizadas nos locais de trabalho, sobre a participação na greve do dia 19, convocada pela CUT e demais centrais sindicais, em mais um ato da Jornada de Luta Contra a Reforma da Previdência.
As assembleias já iniciaram nesta quinta-feira 8, com consultas em diversas agências e departamentos, e continuarão nesta sexta-feira 9, e ainda na quarta-feira 14 e quinta-feira 15, conforme anunciado em edital publicado na edição 6.131 da Folha Bancária e no site.
“Já fizemos outras assembleias nos locais de trabalho para deixar clara nossa disposição de luta e conseguimos, com nossa mobilização, retirar o tema da pauta até agora”, afirma a secretária-geral do Sindicato, Neiva Ribeiro. “Precisamos continuar pressionando; cobrando os deputados e participando das atividades do Sindicato contra toda e qualquer retirada de direitos. Os bancários já demonstraram, em outras consultas, a rejeição a essa proposta absurda do governo, que só retira direitos dos trabalhadores enquanto continua mantendo privilégios e liberando dinheiro público para perdoar dívidas até de bancos”, critica.
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Outras categorias – Em assembleia dos motoristas de ônibus da cidade de São Paulo, na tarde da quarta-feira 7, mais de 4 mil trabalhadores decidiram, por unanimidade, aderir à greve do dia 19.
Os metalúrgicos do ABC também definiram em assembleias nos locais de trabalho pela participação e realizavam, na noite dessa quarta, uma assembleia popular. Trabalhadores da categoria, suas famílias, moradores da região e movimentos sociais participam do ato.
Insistência – Em reunião com Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, representantes de centrais sindicais insistiram que seja retirada da pauta a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, da “reforma” Previdência Social.
Ouviram que a base governista continua com dificuldades para conseguir o número de votos necessários à aprovação, mas seguirá tentando pelo menos durante este mês. Para os sindicalistas, o tema deve ser discutido durante a campanha eleitoral. De acordo com sindicalistas, Maia teria dito: hoje eu não tenho voto, mas vou tentar até 19, 20, 21.
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“Dia 19 é greve no Brasil inteiro contra a reforma da Previdência”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas, que participou da reunião. “Não sei se eles vão votar no dia 19, 20 ou 21. Mas não vamos ficar correndo atrás do calendário deles. Vamos parar todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Não só o transporte. Vamos parar servidores públicos, professores, metalúrgicos, todos.”