Servidores municipais de cidades do Grande ABC, em São Paulo, temem que a região siga o mesmo modelo de reforma previdenciária na capital paulista, proposto pelo ex-prefeito João Doria (PSDB) e pelo atual, Bruno Covas (PSDB). O Sampaprev, como ficou conhecido, aumentou a contribuição previdenciária de 11% para 14% para os servidores municipais, que estão em greve de segunda-feira 4, contra a aplicação da medida, aprovada em dezembro.
A reportagem é da Rede Brasil Atual.
Em São Bernardo do Campo e São Caetano, governadas pelo PSDB, e Diadema, pelo PV, a situação vem se agravando para o funcionalismo nos últimos anos, sem aumento real (acima da inflação) para a categoria. Mesmo em Santo André, que não enfrenta problemas no instituto de previdência, os servidores também receiam que o modelo do Sampaprev seja adotado, já que a cidade é governada pelos tucanos, assim como na capital paulista.
"Temos informações de que eles estão articulando para todas as cidades do ABC aderirem ao mesmo modelo de São Paulo", afirma o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de São Bernardo, José Rubens, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual, na terça-feira 5. Ele diz que a situação dos trabalhadores é "caótica", com o aumento da parcela do plano de saúde e assédio contra os servidores.
O presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema, José Aparecido da Silva, o Neno, afirma que a categoria está mobilizada para a campanha salarial. Na pauta, o reajuste real para os servidores e a garantia de direitos da categoria. Ele também disse que recebeu sinalizações informais da prefeitura para o aumento da alíquota previdenciária para 14%.