O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, os comerciantes e a população da Cidade Ariston, bairro mais populoso de Carapicuíba, estão mobilizados na luta contra o fechamento de uma agência do Bradesco localizada na Avenida Comendador Dante Carraro, que o banco anunciou o fim das suas atividade para o dia 19 de março, deixando os moradores e comércio contando apenas com uma agência bancária, do Itaú.
Além de protestos na frente da unidade, respeitando todas as medidas de distanciamento social; e da coleta de um abaixo-assinado, que já conta com milhares de assinaturas; o Sindicato enviou ofício ao banco cobrando a manutenção da agência.
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“O Sindicato foi acionado pela população local, solicitando apoio e intermediação para providências junto a outros órgãos públicos, para impedir o fechamento dessa agência do bairro mais populoso de Carapicuíba, decisão esta que vai obrigar os moradores e comerciantes a buscarem outros meios e locais para a utilização dos serviços bancários, além dessa reestruturação causar desempregos (…) Desta forma, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, que é um Sindicato Cidadão, preocupado com a economia local e a manutenção dos empregos, já está tomando algumas medidas em Carapicuíba e vem solicitar ao Bradesco que reverta esta decisão e mantenha em funcionamento a Agência na Cidade Ariston, com tamanha importância à população da região”, enfatiza o Sindicato em trecho do ofício encaminhado ao banco.
O fechamento de mais esta agência do Bradesco soma-se às 1.083 unidades bancárias fechadas só em 2020, em todo o Brasil. O banco, que lucrou R$ 19 bilhões no ano passado, também demitiu 7.754 pais e mães de família no mesmo período, apesar do compromisso público firmado de não fazê-lo em meio à pandemia de coronavírus.
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“O Sindicato está nesta luta junto com os comerciantes e a população da Cidade Ariston, em grande parte idosos e pessoas de renda mais baixa, que vivem numa região já carente de serviços públicos. O Bradesco já se comprometeu a transferir os funcionários para agências mais próximas, o que já é um alívio para os trabalhadores, que estavam preocupados. Porém, para a população local a saída da agência será muito prejudicial. Reivindicamos que a mesma continue em funcionamento, uma vez que o seu fechamento teria enorme impacto para os moradores, que teriam de se deslocar de transporte público até a outra agência bancária do bairro, e também para o comércio e desenvolvimento local”, diz a dirigente do Sindicato e bancária do Bradesco Karen Souza.
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“Nossa luta vai continuar até que o Bradesco recue do fechamento da agência. É preciso, enquanto operador de uma concessão pública, que o banco coloque em prática a responsabilidade social tão enfatizada na sua publicidade. E isso, neste caso, quer dizer não deixar milhares de pessoas sem acesso a serviços bancários, não colaborar com o aumento da taxa de desemprego e com a derrocada do comércio local, já afetado pelas necessárias medidas de combate à pandemia de coronavírus. Assine o abaixo-assinado pela manutenção da agência e colabore também com essa luta”, conclama a secretária-geral do Sindicato e bancária do Bradesco, Neiva Ribeiro.