Em 2022, o Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 12,9 bilhões. O resultado representa queda de 21,1% em relação a 2021. No quarto trimestre do ano, o resultado do banco ficou em R$ 1,689 bilhão, frente a R$ 3,122 bilhões no terceiro trimestre, diminuição de 45,9%. O retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio Anualizado (ROE) do banco ficou em 16,3%, com decréscimo de 4,9 pontos percentuais em doze meses.
PDD impactada por “segmento do Atacado”
Um dos impactos negativos no resultado do banco foi o crescimento dos créditos de liquidação duvidosa (PDD), que, de acordo com o seu relatório, ocorreu “devido ao aumento no segmento pessoa física e provisionamento decorrente de um evento subsequente no segmento do Atacado”.
A holding encerrou 2022 com 52.603 empregados, com abertura de 56 postos de trabalho em doze meses. Foram fechadas 286 agências e 118 Postos de Atendimento Bancários (PABs) em relação a 2021.
O aumento da PDD poderá causar impactos na PLR, e análises estão sendo feitas para avaliar o tamanho deste impacto.
PPRS não sofrerá redução graças à negociação coletiva
A ROAE, que caiu 4,9 pontos, é o gatilho para o pagamento da PPRS, que é um dos programas próprios do Santander. O valor deste programa, porém, não sofrerá reduções graças a negociação do acordo coletivo aditivo do Santander, que impediu a alteração das faixas, como pretendia a direção do banco espanhol.
“O resultado do banco escancara a importância do acordo coletivo, que visa minimizar os impactos da oscilação do mercado no rendimento dos trabalhadores. Este resultado traz alertas e preocupações não só para o Santander, mas para todo o sistema financeiro.”
Lucimara Malaquias, diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander
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