O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realizou, nesta quinta-feira 22, um protesto na Torre Santander, sede do banco espanhol na capital paulista.
O objetivo do ato foi denunciar a prática do Santander em transferir bancários para empresas do seu próprio grupo, com CNPJs diferentes, para retirar este trabalhador da categoria bancária, cortando direitos e reduzindo a remuneração.
“Na avaliação do Sindicato, esta prática configura uma fraude na representação sindical destes bancários transferidos para outras empresas do grupo, com sindicatos diferentes. Seguimos na luta para que todos os empregados do Santander sejam considerados bancários e tenham a mesma representação e os direitos da categoria bancária, uma das mais organizadas do país”, enfatiza a Wanessa de Queiroz Paixão, diretora executiva da Fetec-CUT/SP e coordenadora da COE Santander.
Teatro
Durante o ato na Torre, foi realizada uma peça teatral que denunciou, de forma enfática e bem humorada, os principais problemas enfrentados pelos bancários do Santander, além da fraude praticada pelo banco espanhol para fragmentar a categoria, cortar direitos e achatar a remuneração.
Avanços
No mesmo dia do ato promovido pelo Sindicato, foi realizada uma negociação com o Santander sobre a reestruturação (multicanalidade) da rede de agências.
Na mesa de negociação, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander saiu conquistou alguns avanços importantes para os Gerentes Empresas 1.
Uma delas é a mudança de logística na utilização do Uber: o trabalhador vai poder utilizar o serviço num raio de cinco quilômetros da sua casa e não mais da agência, que vai permitir o retorno a sua residência. O banco ainda fornecerá uma mochila para carregar os equipamentos de trabalho a todos que solicitarem, até o final de abril.
Outra cobrança dos representantes dos trabalhadores foi a capacitação para todos os trabalhadores da rede de agências, com objetivo de apresentar o novo modelo de atendimento ao público. A ideia é concluir a primeira fase de capacitação até abril, pela Academia Santander.
Na reunião, a COE Santander reforçou a preocupação com a saúde dos trabalhadores e falta de orientação em casos de roubo e furto de notebook e celulares, por exemplo. O banco vai responder na próxima reunião, que será realizada em março.
“Nós obtivemos avanços importantes para um segmento de trabalhadores. Mas, ainda temos muito o que avançar, principalmente, para os gerentes Van Gogh. Esperamos intensificar a negociação na próxima mesa de negociação”, avalia a coordenadora da COE Santander.
“É fundamental que os bancários tenham locais de trabalho adequados, com acesso a banheiros e ar-condicionado, por exemplo. Caso o bancário esteja atuando em locais sem condições de trabalho, ele deve denunciar ao Sindicato. O sigilo é garantido”, orienta Wanessa.
O bancário pode entrar em contato com o Sindicato através do Canal de Denúncias, que foi aperfeiçoado recentemente, ou pelo telefone (3188-5200), chat, e-mail e WhatsApp.