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Bandeira histórica do Sindicato, redução de jornada é proposta pelo governo da Espanha

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Bandeira histórica do Sindicato, redução de jornada é proposta pelo governo da Espanha

O governo da Espanha anunciou na última terça-feira (4) uma proposta de redução de jornada de 40 para 37,5 horas semanais, sem redução salarial. A medida ainda precisa ser aprovada pelo Parlamento. O governo de esquerda que lidera o país dialoga com aliados para conquistar aprovação.

A redução de jornada é uma bandeira histórica do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. De acordo com Neiva Ribeiro, presidenta da entidade, a medida é um dos caminhos pelos quais um país poderia gerar e preservar empregos, além de melhorar a qualidade de vida dos seus trabalhadores.

"Na categoria bancária, a discussão da jornada de quatro dias por semana foi pautada, de forma pioneira, durante a última negociação. Entendemos que o setor bancário reúne todos os elementos para a sua aprovação e, mais do que uma discussão de categoria, é uma discussão de toda a classe trabalhadora, com benefícios para a sociedade", afirma Neiva Ribeiro.

Espanha na vanguarda

O texto apresentado pelo Conselho de Ministros da Espanha resulta de um acordo firmado em 20 de dezembro com os dois principais sindicatos de trabalhadores do país: a Confederação Sindical de Comissões Operárias (CCOO) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT). Por outro lado, as entidades representativas dos empregadores decidiram se retirar das negociações em meados de novembro, após 11 meses sem avanços.

No programa de governo firmado em outubro de 2023, o partido Sumar e o Partido Socialista (PSOE) assumiram o compromisso de reduzir a jornada de trabalho legal de 40 para 37,5 horas semanais até 31 de dezembro de 2025, sem impacto nos salários. Em 2022, a Espanha já havia anulado a reforma trabalhista de 2012, que havia restringido direitos dos trabalhadores.

Se aprovada pelo Parlamento, a medida beneficiará aproximadamente 12 milhões de empregados do setor privado, especialmente nos ramos de comércio, alimentação e agricultura, uma vez que a jornada de 37,5 horas já é aplicada ao funcionalismo público e às grandes empresas.

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