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Caixa: Em ato contra o assédio moral, Sindicato retarda abertura de agência

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Imagem de um megafone e de um punho cerrado, acompanhados da frase "assédio moral não!"

Nesta sexta-feira 7, em uma agência da Caixa da capital paulista, o Sindicato e a Apcef/SP realizaram protesto contra a prática de assédio moral e desrespeito ao ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) dos empregados do banco público. A abertura da unidade foi retardada e foi realizada uma reunião com os trabalhadores.

O Sindicato recebeu diversas denúncias sobre prática de assédio moral na unidade, e anteriormente em outras unidades por onde a mesma gestão havia passado, que foram tratadas à época pelo Sindicato e Apcef/SP.

As denúncias recentes já estavam sendo levadas à Superintendência de Varejo. Entretanto, evoluíram para uma situação de desrespeito a uma das conquistas previstas no ACT dos empregados da Caixa, a possibilidade de redução de até 25% da jornada para pais, mães e responsáveis por dependentes PCDs (pessoas com deficiência), além do desrespeito à situação específica do solicitante e de sua família.

Ao buscar fazer jus ao direito de redução da jornada previsto no ACT, um empregado da unidade foi atacado pela gestão, que questionou a necessidade da redução e fez ameaças de que teria a carreira prejudicada.

"Sabemos que muitos avanços do nosso acordo coletivo dependem de mais do que a luta e negociação. Dependem também da transformação da cultura empresarial e até mesmo da sociedade. No caso em questão, ficou evidente a falta de compreensão da gestão sobre o avanço conquistado na última campanha salarial, que ultrapassa os limites do direito individual e caminha de forma coletiva na direção de uma sociedade melhor. O que aconteceu nesta agência foi um ataque ao direito coletivo e, mais grave, uma atitude capacitista para com o colega, que sentiu na pele a tristeza de ter a sua decisão de organização familiar questionada, e até a saúde da criança tratada sem o devido respeito”, diz a dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Vivian Sá.

O Sindicato levou o caso ao conhecimento da superintendência responsável pela região da agência, que já tomou as primeiras providências necessárias. Ainda assim, era fundamental realizar uma conversa com os funcionários da unidade.

"Essa atividade e toda a tratativa que tivemos com a superintendência foi fundamental para garantir o acesso a uma conquista importante da última Campanha Salarial. Vamos atuar para que todos os empregados responsáveis por dependentes PCDs, que assim desejarem, possam solicitar com tranquilidade, sem qualquer tipo de constrangimento, a avaliação da redução da carga horária. Todos os direitos previstos na CCT da categoria e no ACT da Caixa são conquistas, não favores, e devem ser respeitados”, enfatiza a também dirigente do Sindicato e empregada da Caixa, Luiza Hansen.

Denuncie

O bancário que se deparar com qualquer tipo de resistência, constrangimento ou ameaça ao fazer uso de um direito, deve entrar em contato imediatamente com o Sindicato, de forma que a entidade assegure o respeito à negociação coletiva.

O bancário pode entrar em contato com o Sindicato por meio do Canal de Denúncias, pelo (11) 3188-5200, via chate-mail e WhatsApp. O sigilo é garantido.

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