São Paulo – A mesa temática que debate a segurança bancária foi retomada nesta quinta-feira dia 1º. A federação dos bancos (Fenaban) apresentou os dados estatísticos referentes aos últimos anos, que reforçaram a importância das portas de segurança para redução dos ataques.
Os trabalhadores cobraram mais informações sobre arrombamentos e “saidinhas” de banco, que vêm gerando preocupação, principalmente entre os clientes. Os representantes da Fenaban encaram a questão dos arrombamentos como se fosse somente explosão de caixas eletrônicos e não quiseram debater o assunto, alegando tratar-se de um problema de segurança pública. O movimento sindical rebateu, argumentando que os caixas eletrônicos são expansão do sistema financeiro e, portanto, responsabilidades dos bancos, sim.
Ficou estabelecido que questões pendentes das mesas do ano passado continuarão no centro debates nas reuniões que devem acontecer em maio. Dentre elas: instalação de câmeras nas áreas externas do banco, com o objetivo de combater a “saidinha”; isenção de tarifas, para que clientes não circulem com grande quantidade de dinheiro evitando serem vítimas de assaltantes; além da instalação de biombos entre os caixas.
Os representantes dos trabalhadores, por meio da Contraf-CUT, apresentaram um manifesto repudiando a atitude de algumas instituições financeiras que estão retirando as portas de segurança de suas agências.
Os bancários de São Paulo, Osasco e região também se posicionaram contra a retirada das portas com moção de repúdio aprovada nas assembleias que elegeram os delegados para os congressos da Contraf e da CUT.
A Fenaban isentou-se de assumir compromisso de sugerir às instituições financeiras a implantação e ampliação das portas de segurança.
O diretor do Sindicato e integrante da Ccasp (Comissão Consultiva de Assuntos de Segurança Privada), Daniel Reis, criticou a postura da Fenaban. “Os bancos estão sendo negligentes com a segurança. Esperamos que essa atitude mude com a próxima reunião em maio. Está mais que provado que a porta de segurança é um item importante e reduziu os assaltos a bancos ao longo dos anos”, afirma.
Brasília – Os trabalhadores reúnem-se nesta sexta-feira 2, em Brasília, com o secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira, para debater o estatuto de segurança privada. Os bancários levarão sua preocupação diante da medida de alguns bancos que estão retirando as portas de segurança.
Carlos Fernandes - 1º/3/2012
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Federação dos bancos apresenta dados estatísticos referentes a assaltos e sequestros nos últimos anos
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