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CAT é assunto principal em debate sobre saúde

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Dirigentes sindicais cobram emissão de Comunicação de Acidente de Trabalho em casos de assalto
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São Paulo – A discussão sobre assuntos relacionados à saúde dos bancários foi retomada. A mesa temática, na tarde da terça-feira 20, reuniu representantes da categoria e da federação dos bancos (Fenaban) para debater, entre diversos temas, a emissão da Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT).

O secretário de Saúde do Sindicato, Walcir Previtale, ressaltou que em qualquer ocorrência de assalto ou tentativa, a instituição financeira deve emitir a comunicação para todos os funcionários da unidade de trabalho. Desta forma, o bancário que sofrer sequelas pós-trauma poderá resguardar seus direitos e comprovar o vínculo da doença com o incidente. A federação dos bancos, no entanto, discorda e solicita um diagnóstico médico para emitir a CAT. “Esse tema saiu da mesa temática de segurança e foi debatido aqui, uma vez que envolve diretamente a saúde dos bancários. A Lei 8.213/91 é clara sobre a obrigatoriedade da empresa na emissão da CAT”, explica Walcir.

A mesa temática sobre saúde foi a primeira do ano e a federação dos bancos ainda não firmou nova data para a próxima reunião, mas se comprometeu em divulgar a agenda em breve. “Valorizamos esse debate, que contribui com o processo contínuo de melhorias na vida dos bancários. Mas, cobramos dos bancos propostas que de fato sejam colocadas em prática para aperfeiçoar a gestão operacional do trabalho bancário, como a emissão da CAT e o fim das metas abusivas”, ressalta Walcir.

Assédio moral – O assédio sofrido pelos trabalhadores no cumprimento de metas também foi pauta na reunião. Um encontro será marcado somente para debater o tema que assola a vida dos trabalhadores da categoria. Na ocasião, será discutido o aditivo à convenção coletiva sobre assédio moral. “O debate contribuirá para melhorar as regras das denúncias de casos de assédio”, ressalta Walcir.

Também foi assunto da mesa o Programa de Reabilitação Ocupacional (PRO). “Cobramos a adesão dos bancos à cláusula 43, inserida em nosso acordo de trabalho de 2009. Por ser um programa de adesão, muitas instituições financeiras não estão cumprindo”, cobra Walcir. O secretário de Saúde do Sindicato ressaltou que todas as instituições financeiras devem se adequar às normas reivindicadas e acordadas entre sindicatos e bancos. Mesmo aquelas que promovem programas próprios de reabilitação para bancários que voltam ao trabalho após o afastamento por doenças ou acidentes ocupacionais.


Gisele Coutinho – 20/3/2012

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