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Luta por venda responsável tem de ser mundial

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Representantes das entidades Consumers International e UNI Finanças defendem articulações globais
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São Paulo – “Nosso adversário é poderoso e temos que unir esforços. Estou convencido de que a luta pela regulamentação do sistema financeiro tem de ser travada mundialmente e em conjunto por trabalhadores e clientes.” A afirmação é do diretor regional da Consumers International para a América Latina, Juan Trimboli, durante o seminário Venda Responsável de Produtos Financeiros, realizado nesta quinta-feira 15 pelo Sindicato e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

> Veja a cartilha sobre Venda Responsável de Produtos Financeiros

Trimboli (na foto, à esquerda) elogiou a iniciativa do Sindicato e Idec que firmaram parceria em campanha pela venda responsável. O movimento em defesa dos consumidores nasceu como um desdobramento do movimento dos trabalhadores, disse ele. “A primeira organização de consumidores do mundo, em 1973, surgiu para dizer: ‘não compre produtos que usam mão de obra infantil nas fábricas dos Estados Unidos. Ou seja, já mostrava uma grande ligação entre consumidores e trabalhadores. Portanto, a relação entre os dois é estratégica.”

> Vídeo: entrevista com Juan Trímboli

Trimboli também apresentou a campanha que a Consumers International realizou pela venda responsável na América Latina, intitulada Nosso dinheiro, nossos direitos. E disse que a situação é similar em todo o continente, onde os bancos têm a mesma estratégia de gestão.

Ele também associou a corrida por lucro dos bancos com a crise financeira mundial. “Se os direitos dos trabalhadores e dos consumidores fossem respeitados, isso resolveria uma série de problemas que estamos enfrentando. A crise econômica está afetando duramente a qualidade de vida de consumidores e trabalhadores, e o caminho está no respeito aos direitos de ambos”, afirmou Trimboli.

Para o diretor regional da UNI Finanças Sindicato Global, André Luis Rodrigues (foto), o problema deve ser enfrentado com estudos e pesquisas, articulação ampla e o convencimento da sociedade. “É preciso chegar aos consumidores. Mas também precisamos dialogar com diversos setores: parlamentares, magistrados etc.”
André Luis, que já foi diretor executivo do Sindicato, destacou que é importante responder à pergunta: quem ganha e quem perde com a regulamentação do sistema financeiro? “O setor farmacêutico, que lucra com o adoecimento dos trabalhadores, é provavelmente um dos que perdem com a venda responsável de produtos”, exemplificou, acrescentando que devem ser articuladas alianças com os setores que, assim como clientes e trabalhadores, ganham com a venda responsável.

> Vídeo: entrevista com André Luis Rodrigues

Durante sua fala, André também citou o caso do executivo do banco Goldman Sachs que pediu demissão por conflitos éticos.

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Andréa Ponte Souza - 15/3/2012

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