São Paulo – Está proibida a prestação de serviços por correspondente bancário nas dependências da instituição contratante desde o dia 1º de março.
A notícia, confirmada pela assessoria de imprensa do Banco Central na terça-feira 12, representa o fim de uma novela, uma vez que o Conselho Monetário Nacional (CMN) adiou quatro vezes o prazo para os bancos retirarem correspondentes de dentro das agências. A medida faz parte da Resolução 4.035, e que altera a 3.954.
Inicialmente, em dezembro de 2011, o prazo era de 1º de janeiro de 2012, mas foi adiado para 4 de abril, depois para 1º de novembro, e então 1º de março de 2013.
A secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, ressalta que a luta pelo fim da terceirização e precarização do trabalho é ininterrupta e que um dispositivo de lei que proíba a permanência de correspondentes dentro dos bancos é um avanço. Ela também cobra fiscalização.
“Na segurança, diversos dispositivos são garantidos por lei para proteger a vida de clientes e trabalhadores, no entanto, as instituições financeiras são multadas frequentemente por descumprirem. É necessário acabar com essa metodologia de multas todo mês e fazer valer o cumprimento da lei. É o que esperamos também diante desta decisão do BC e CMN”.
Recentemente, a questão foi tema de reunião entre dirigentes do Sindicato e Apcef com diretores da Caixa Federal e do Panamericano – instituição com parte das ações compradas pelo banco federal em 2009. O movimento sindical questionou a presença de trabalhadores da Pan Serv em unidades da Caixa.
No Banco do Brasil e em instituições financeiras privadas a situação é idêntica.
“O uso dos correspondentes serve para diminuir custos e aumentar lucro. Defendemos a contratação dos profissionais, muitos com experiência no trabalho bancário. Isso garante o fortalecimento da categoria, mais qualidade no atendimento e segurança”, explica Raquel.
Gisele Coutinho – 13/3/2013
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Medida do Banco Central está em vigor desde 1º de março e Sindicato exige cumprimento da resolução
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