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Proposta da Fenaban para call center é imprecisa

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Em mesa temática sobre terceirização, federação dos bancos não apresenta dados suficientes sobre projeto de internalizar o teleatendimento
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São Paulo – A primeira mesa temática do ano sobre terceirização retomou a discussão sobre a internalização do call center pelos bancos, proposta que já vinha sendo discutida no ano passado. Mas na reunião dessa terça-feira 26, a federação dos bancos (Fenaban) mais uma vez deixou de apresentar informações precisas sobre o projeto.

“Para sabermos se a proposta contempla ou não os interesses dos trabalhadores, a Fenaban tem que nos dar dados sobre piso, salários e jornadas. Essa discussão só pode ser feita em cima de informações e números reais”, argumenta a secretária-geral do Sindicato, Raquel Kacelnikas, que participou da mesa.

Ela informa que os representantes dos trabalhadores mais uma vez reivindicaram mais precisão na proposta dos bancos. “Eles vão ter de fazer o dever de casa e voltar para a próxima mesa com uma proposta mais clara e não essa genérica que apresentaram. E a partir daí vamos discuti-la.”

Seminário – Os trabalhadores também propuseram a realização de um seminário para que as instituições financeiras apresentassem relatórios sobre responsabilidade social, laboral e ambiental, com um recorte nos serviços terceirizados. “Queremos saber o número de terceirizados, os serviços que realizam, etc. Esses relatórios deveriam ser feitos nos moldes do que já é recomendado pelo Banco Central. Um documento desse tipo também nos daria indicadores palpáveis sobre a terceirização no setor”, diz a dirigente.

Raquel explica que o BC propôs a realização de uma audiência pública para discutir a proposta de padronização dos relatórios das instituições financeiras, com acréscimo de dados socioambientais. “Com isso, não teríamos apenas dados financeiros da empresa. Seria um guia importante na medida em que sabemos que os bancos não agem com responsabilidade social quando demitem ou intermediam mão de obra de forma fraudulenta, como é grande parte da terceirização no setor, ou quando vendem produtos de forma irresponsável aos clientes”, argumenta.

Segundo Raquel, a Fenaban ficou de estudar a reivindicação e apresentar a resposta na próxima mesa temática deste ano, em data ainda a ser marcada.

Conquista - As mesas temáticas são conquistas da categoria e dão base para as negociações das campanhas nacionais dos bancários. Neste ano, já foi realizada uma sobre segurança bancária e foram agendadas uma de igualdade de oportunidades, para quarta 27, e outra, para quinta 28, a respeito de saúde do trabalhador. Estava prevista, ainda, uma sobre assedio moral, mas foi adiada e ainda não há nova data.

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Andréa Ponte Souza - 27/3/2013

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