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Bancários e Fenaban discutem assédio moral

Linha fina
Mesa temática vai avaliar instrumento de prevenção de conflitos nos locais de trabalho, conquista de 2010 que a cada ano é mais conhecida e utilizada pela categoria
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São Paulo – Representantes dos bancários e da federação dos bancos (Fenaban) reúnem-se no dia 6 de março para discutir o instrumento de prevenção de conflitos nos locais de trabalho, um dos avanços da luta dos trabalhadores contra o assédio moral. O debate se dará em mesa temática e contará com a presença de diretores do Sindicato e da Contraf-CUT.

O instrumento é uma conquista da Campanha Nacional Unificada de 2010. É um canal de denúncias – cujo link está permanentemente na capa do site do Sindicato (clique aqui) – por meio do qual o bancário pode informar o problema tendo sua identidade preservada.

O Sindicato checa se a denúncia procede e, em caso afirmativo, encaminha-a ao banco, que tem prazo de 45 dias para apontar solução. Esse prazo era de até 60 dias, mas foi reduzido após vitória da Campanha 2013. A adesão dos bancos é voluntária, mas todas as maiores instituições financeiras do país já firmaram acordo para utilização do instrumento.

> Instrumento contra assédio ganha agilidade

“Com a adoção do instrumento, os bancos admitiram pela primeira vez que o assédio moral faz parte da rotina de trabalho bancário, e isso já foi uma vitória. Além disso, o canal de denúncias é fundamental para combater o problema e deve ser mantido e aprimorado. Temos lutado para isso”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira.

Ela ressalta ainda que a ferramenta é cada vez mais conhecida e utilizada pelos trabalhadores. “A cada ano o número de denúncias recebidas pelo Sindicato aumenta e, ainda que o canal não seja exclusivo para queixas sobre assédio, elas são a grande maioria, principalmente as relacionadas a metas abusivas”, informa.

O acordo foi assinado no final de 2010. Em 2011, o Sindicato recebeu 387 denúncias por meio do instrumento. O total saltou para 557 em 2012 e foi para 593 em 2013. Apenas em janeiro deste ano, a entidade já recebeu 266 queixas, mas é importante ressaltar que, atipicamente neste mês, a maioria (208) referia-se a problemas com ar-condicionado. Em todo o
ano de 2013, 62% das denúncias eram sobre assédio.


Andréa Ponte Souza - 5/3/2014

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