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Quase 3 mil ataques com 65 mortes em 2013

Linha fina
Pesquisa nacional organizada por bancários e vigilantes aponta mais um ano de alta nas estatísticas de violência
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São Paulo – Foram quase 3 mil ataques a bancos com o saldo de 65 mortes somente em 2013. Números trágicos que ficam ainda mais graves quando se observa os anos anteriores e se percebe que esses crimes aumentam desde 2011 motivados pela pouca atenção que os banqueiros dão para a segurança.

Os dados são da 6ª Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos, elaborada pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), CNTV (Confederação Nacional dos Vigilantes) e Federação dos Vigilantes do Paraná, e divulgada na sexta 21. São considerados casos de assaltos e arrombamentos.

Precisamente, foram 2.944 ocorrências no ano passado contra 2.530 de 2012, 16,36% mais. Na comparação com 2011, quando foram 1.612 casos, o aumento salta aos olhos: 82,63%. A soma de vítimas fatais também cresce. Saiu de 49 em 2011 para 57 em 2012 e 65 em 2013. Aumento de 32,7% entre o menor e o maior dado.

São Paulo continua com o maior número de registros de ataques e não parece disposto a perder o posto. Saiu de 492 em 2012 para 768 no ano passado, crescimento de 56,1%. Minas permanece em segundo, com 314 (4,32 mais), seguido por Bahia, com 220 (4,76%), e Paraná, com 210 casos (-1,87%).

Os estados onde foram registrados os maiores aumentos de casos foram o Piauí (235%), Rio Grande do Norte (203%), Paraíba (141%) e Tocantins (77%).

Investimento – Uma das razões para o aumento da violência nos bancos é clara: pouco investimento. A pesquisa mostra que, em média, os quatro maiores bancos do país direcionaram o equivalente a parcos 5% do lucro líquido para segurança. Foram R$ 2,5 bilhões que saíram contra 49,5 bilhões que entraram nos cofres.

“É bem simples a explicação para o aumento da violência. Faltam investimentos dos bancos”, afirma o diretor executivo do Sindicato, Daniel Reis. “Eles precisam parar de dar tanto valor para os bilhões que entram e começar a pensar nos seres humanos que perdem a vida ou sofrem com transtornos mentais resultantes desse descaso”, completa.

Foram considerados no levantamento Bradesco, Banco do Brasil, Itaú e Santander. A Caixa não entrou porque ainda não divulgou o balanço de 2013.


Redação – 21/3/2014

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