São Paulo – A Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) tem função de cobrar do banco melhorias no ambiente e nas condições de trabalho. É dever do cipeiro eleito levar as reivindicações dos bancários às reuniões da Cipa e cobrar dos administradores do banco soluções para essas demandas, no entanto, na Cidade de Deus, problemas ameaçam esse processo.
A reunião de Cipa no dia 24 durou mais de duas horas. Diversas reivindicações para melhoria no local de trabalho foram apresentadas. Mas, em protesto, os cipeiros Gilson Rodrigues dos Santos e Geraldo Serrano, ambos apoiados pelo Sindicato, deixaram de assinar a ata, uma vez que suas reivindicações não foram registradas.
“A presidenta da Cipa, indicada pelo Bradesco, não fez o registro dessas demandas na ata da reunião. Consideramos assuntos de extrema importância o atendimento médico no local de trabalho, problemas com ambulância que continua demorando de três a quatro horas, a quantidade insuficiente dos banheiros, entre outros. O resultado da reunião foi um documento sem reivindicações de trabalhadores”, denuncia o dirigente sindical Rubens Neves.
Ele lembra que a NR-5 (norma regulamentadora) destaca que cabe ao presidente da Cipa coordenar as reuniões e encaminhar ao empregador e ao Sesmt (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) as decisões da comissão. “Em mais de 20 anos de Cipa na Cidade de Deus é a primeira vez que um presidente se nega a documentar todas as reivindicações apontadas pelos seus cipeiros. Queremos explicações sobre a presidenta estar deixando de fazer suas atribuições como cipeira indicada pelo banco”, conclui Rubens.
Gisele Coutinho – 2/3/2015
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Representantes dos trabalhadores apoiados pelo Sindicato levaram demandas de funcionários da Cidade de Deus para reunião, mas nada foi registrado na ata
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