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Chapéu
Força e união

Brasil parou contra as reformas do governo Temer

Linha fina
Manifestações em todos os estados mobilizam centenas de milhares de pessoas contra mudanças que representam quase que o fim da aposentadoria
Imagem Destaque
Foto: Brasil de Fato

São Paulo - Nas ruas de todo o país, o povo brasileiro disse “não” às Reformas da Previdência e trabalhista. Com paralisação de diversas categorias e manifestações em todos os estados nesta quarta-feira 15, ficou evidente que o governo Temer terá que recuar.

Já na madrugada, o transporte público mostrou a importância do setor para a classe trabalhadora e os terminais de ônibus não abriram. Em algumas capitais, como São Paulo, trens e metrôs também não circularam. Nas portas de fábricas, os trabalhadores cruzaram os braços. Em estradas e rodovias, trancamento e ocupação de vias.

A movimentação chamou a atenção da população que tem aderido às manifestações e declarado seu apoio nas redes sociais. Após às 12h, a hastag #GreveGeral ocupava o topo das discussões no Twitter em todo o mundo.

As mobilizações são organizadas pelas centrais sindicais e movimentos sociais integrantes das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

São Paulo, Rio e BH - O dia começou com travamentos de vias, paralisações dos transportes públicos, fechamento de agências bancárias e greves de diversas categorias profissionais em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba.

Grandes atos públicos serão realizados à tarde. Em São Paulo, manifestação na Avenida Paulista terá a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A capital terá também manifestações públicas de professores das redes municipal e estadual. No Rio, a Candelária será o palco do ato que encerrará o dia de lutas contra a retirada de direitos movida pelo governo de Michel Temer contra os trabalhadores. Florianópolis, Porto Alegre e Vitória também estão nas ruas.

Nordeste - Na região Nordeste, movimentos sociais e sindical organizaram as manifestações nas capitais – Salvador, Fortaleza, Recife, Maceió, Natal, Aracajú, João Pessoa e São Luiz – e em outras cidades. Diversas categorias profissionais e a população em geral realizaram, paralisações, atos e mobilizações.

Capital, Centro-Oeste e Norte - Belém, Manaus, Rio Branco, Rondônia, Roraima, Macapá, Palmas, Campo Grande, Goiânia e Cuiabá, além de Brasília, organizam paralisações, passeatas e atos públicos.

Na capital federal, cerca de 1,5 mil pessoas ocuparam na madrugada a sede do Ministério da Fazenda. A mobilização foi realizada por movimentos da Via Campesina Brasil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Quilombolas (Conaq), Movimento dos Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). E tem o apoio de integrantes do Sindicato dos Professores (Sinpro) do Distrito Federal, além de trabalhadores de diversas categorias.

No início da manhã, por volta das 8h, manifestantes se concentraram na Catedral e para somar forças na ocupação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), que realiza congresso, reuniu 2 mil trabalhadores rurais ao protesto.

ABC - Na região do ABC paulista, os metalúrgicos pararam as atividades na fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo. Segundo o sindicato da categoria (CUT), a produção só será retomada na quinta 16.

Os metalúrgicos planejavam realizar uma passeata até a sede do INSS em São Bernardo, na região central da cidade. Mas a atividade foi cancelada porque boa parte dos trabalhadores não conseguiu chegar à fábrica, devido à greve dos motoristas de ônibus, inclusive de veículos fretados, que também aderiram ao protesto.

"O empenho de todas as categorias neste dia de mobilização está muito forte. Os motoristas pararam já de madrugada. Sem ônibus, fizemos uma assembleia com os cerca de 600 trabalhadores que chegaram de carro e optamos por cancelar a caminhada e manter a fábrica parada por todo o dia", afirmou o presidente do sindicato, Rafael Marques.

"Enquanto o governo insistir nessa reforma, vamos continuar realizando nossas mobilizações. Estaremos na rua em defesa dos nossos direitos", garantiu o dirigente. 

Na cidade de São José dos Campos, no interior, o protesto atingiu fábricas como a TI Automotive, a General Motors e a Embraer. Logo cedo houve passeata na Rodovia Presidente Dutra.

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