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Chapéu
reforma da Previdência

Por que as mulheres são mais prejudicadas com a reforma da Previdência?

Linha fina
Terceirização, retirada de direitos, restrição à aposentadoria. Tudo isso promovido por um governo com um dos piores índices de representação feminina do mundo. Como ficam as mulheres brasileiras?
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São Paulo - O Brasil foi quase varrido do mapa quando o assunto é participação política das mulheres. Em janeiro deste ano, o país figurava com uma das menores representações de mulheres no Poder Executivo no mundo. Dados do Mapa 2017 das Mulheres na Política divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que, de 186 governos avaliados, o do presidente Michel Temer ficou apenas na 167ª posição, o que indica uma representatividade feminina de apenas 4%. Na América Latina, o Brasil é o pior colocado. O índice brasileiro também está distante da média mundial, de 18,3%, e das Américas, de 25%.

A baixa representatividade das mulheres nos espaços de decisão e poder contribuem ainda mais para ampliar as desigualdades de gênero em toda sociedade, inclusive no mercado de trabalho. Em períodos de crise econômica e ataques a direitos, as mulheres que já ganham menos e ocupam as funções mais precarizadas tendem a ser ainda mais prejudicadas.

É sob a ótica dos impactos das reforma da previdência e da legalização da terceirização sobre as mulheres, promovido por um governo e Congresso Nacional, de baixa representatividade feminina, que o próximo MB com a Presidenta, irá apontar os riscos de perdas de direitos para as mulheres e a necessidade de promoção de equidade de gênero em toda a sociedade. Para esse debate, Juvandia Moreira recebe a socióloga Eleonora Menecucci, ex-ministra de Políticas para as Mulheres governo Dilma Rousseff e Joana Mostafa, pesquisadora da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea.

O programa de webtv do Sindicato, apresentado pela presidenta da entidade, Juvandia Moreira vai ao ar nesta segunda-feira, 27 de março, ao vivo, 20h, pelo site do Sindicato e redes sociais.

Participe – Envie dúvidas e comentários para [email protected], via Twitter usando #MBemDebate ou ainda pelo Facebook.

Menos mulheres em ministérios do que Síria e Iraque - Governos como o da Síria, do Kuwait, do Irã ou da Somália tinham em janeiro mais mulheres em postos ministeriais do que o Brasil, apesar de serem locais onde a situação feminina é denunciada pelas entidades de direitos humanos como “grave”.

Em janeiro, o Brasil, tinha apenas uma mulher, entre 25 ministérios, a advogada-geral da União, Grace Mendonça. O que segundo o estudo da ONU, indica uma representatividade feminina de apenas 4%.

Governos como o da França, Canadá, Suécia, Bulgária e Eslovênia aparecem com mais de 50% de seus ministérios ocupados por mulheres. Na América Latina, o Brasil é o pior colocado e, em todo o mundo, só tem mais mulheres no governo do que Paquistão, Arábia Saudita, Tonga e outros em que todo o gabinete é composto somente por homens.

Mulheres e Reforma da Previdência (PEC 287 )

Elas recebem menos, trabalham mais horas, ficam menos tempo no emprego e são a maioria entre os desempregados.

•    Representam 52% da população e são responsáveis pelo sustento de 39% da família.
•    Trabalham na semana aproximadamente cinco horas a mais do que os homens, porque trabalham fora cuidam dos filhos e dos afazeres domésticos.
•    O Tempo de serviço em uma mesma empresa é de 37 meses para mulheres, enquanto para homens é de 41,7 meses.
•    Na aposentadoria por idade, em que o beneficio pé de um salario mínimo, mulheres representam 62%.
•    O valor médio da aposentadoria das mulheres pé 17% menor do que o recebido pelos homens
•    Recebem salários 30% menores que o recebido pelos homens

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