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Chapéu
Gestão de pessoas

BB trata funcionários do Cenop como crianças

Linha fina
Em comunicado interno de regras de convivência, banco pede para bancários não riscarem o mobiliário nem comerem o alimento do colega sem pedir; Sindicato cobra seriedade no tratamento aos trabalhadores
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Arte: Freepik

“Não riscar (...) ou escrever nos computadores e móveis”; “fechar a porta do banheiro”; “não consumir o alimento do colega sem o seu consentimento”. Parecem frases de cartazes de escola de ensino fundamental, mas estão são algumas das recomendações feitas pelo Banco do Brasil aos bancários do Cenop, transferidos para o prédio do Cenesp no início deste ano.

O documento trazendo uma série de orientações sobre como se portar no ambiente de trabalho causou desconforto entre os bancários. Em um dos pontos mais polêmicos, o texto alerta sobre conversas entre colegas no horário de expediente. “Se você terminou o seu trabalho, não significa que os outros terão tempo para conversar com você”, diz o texto. Em outro ponto, o comunicado recomenda: “Evite fofocas”.  

“Seria mais franco se tivesse escrito logo: ‘calem a boca e trabalhem’”, protestou um bancário, que pediu para não ser identificado para evitar represálias.

“O documento por si só é absurdo. Queremos uma gestão de pessoas que trate os trabalhadores a seriedade necessária, pois estamos falando de profissionais altamente qualificados e, obviamente, adultos”, criticou o dirigente sindical, Ronaldo Kodama, que também é bancário do Banco do Brasil.

Kodama acrescenta que casos de assédio moral devem ser prontamente enviados ao Sindicato através do canal de denúncias ou pelas redes sociais Twitter, Facebook ou Instagram. O Sindicato dará os encaminhamentos necessários às denuncias, garantindo o anonimato do denunciante em questão.

 

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