O rendimento nominal per capita no país foi de R$ 1.438,67 no ano passado, segundo informou o IBGE na sexta-feira 28. A divulgação do rendimento médio no Brasil obedece dispositivo da Lei Complementar 143, de 2013, que estabelece critérios de rateio para o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal. De acordo com os dados, em 19 das 27 unidades da federação o rendimento fica abaixo da média nacional.
A reportagem é da Rede Brasil Atual.
Em 12, não chega a R$ 1.000. Nesses estados, o valor médio em 2019 ficou abaixo inclusive do salário mínimo do ano passado (R$ 998). Outra pesquisa do IBGE, divulgada em 2019, já apontava concentração de renda.
Apenas Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo têm rendimentos médios superiores ao do país. Os valores variam de R$ 635,59 (Maranhão) a R$ 2.685,76 (Distrito Federal). O segundo maior rendimento médio, registrado em São Paulo (R$ 1.945,73), não chega ao equivalente a dois salários mínimos.
O cálculo do rendimento médio no Brasil é feito pelo IBGE com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada trimestralmente em 211 mil domicílios, em mais de 3.500 municípios.
A pesquisa abrange todo o país, exceto áreas especiais como aldeias indígenas, quartéis, bases militares, alojamentos, acampamentos, embarcações, barcos, navios, penitenciárias, colônias penais, presídios, cadeias, asilos, orfanatos, conventos, hospitais e agrovilas de projetos de assentamentos rurais ou setores censitários localizados em terras indígenas. As embaixadas, consulados e representações do Brasil no exterior também não são abrangidos pela pesquisa.
O rendimento per capita é obtido a partir da divisão dos rendimentos domiciliares (trabalho e outras fontes) pelo total de moradores. Os resultados são encaminhados ao Tribunal de Contas da União (TCU).