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Chapéu
Pandemia

Sindicato cobra manutenção de hospitais no Saúde Caixa

Linha fina
Sem comunicar usuários do plano, dois hospitais de referência no atendimento a gestantes deixa de atender empregadas da Caixa
Imagem Destaque
Arte: Linton Publio/Seeb-SP

Na fase mais aguda da pandemia de covid-19 no país e, em especial, no estado de São Paulo, a gestão do Saúde Caixa descredenciou o atendimento em dois hospitais que são referência no atendimento de mulheres gestantes: o Pró-Matre e o Santa Joana, ambos na região central da capital paulista. O descredenciamento foi feito sem nenhum aviso prévio.

A dirigente sindical e empregada da Caixa Tamara Siqueira lembra que há duas formas de se destruir o Saúde Caixa: através de mudanças em seu financiamento, que hoje é compartilhado entre o banco e os empregados na proporção de 70/30, ou através da degradação do plano de saúde, descredenciando hospitais e procedimentos, prejudicando os usuários.

“Quando você muda a forma de financiamento, você inviabiliza o plano por aumentar os custos para os trabalhadores, mas isso também pode se dar através de uma gestão desumana, que não olha para as necessidades dos empregados, descredenciando hospitais, laboratórios, clínicas e procedimentos sem aviso e deixando de credenciar novos locais de atendimento de acordo com as necessidades de saúde e regionais”, critica a dirigente sindical.

Atualmente, a rede credenciada do Saúde Caixa é referência para outros planos, tanto que é utilizada por outros trabalhadores federais, como os servidores do Congresso Nacional.

Ela lembra que o descredenciamento dos hospitais citados acima foi informado por médicos e por usuárias do plano que precisaram de atendimento nos locais e não conseguiram.

Tamara lembra que há previsão, desde a criação do Saúde Caixa, em 2004, da criação de comitês de credenciamento e descredenciamento de atendimento. A gestão destes comitês se daria regionalmente, através da Gipes (Gestão de Pessoas), como definido em Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

“Questionamos o banco sobre estes descredenciamentos na última quinta-feira, mas não tivemos nenhum retorno”, disse a dirigente sindical.

Nesta sexta 19, os representantes dos trabalhadores voltam a se reunir com a Gipes como resposta da paralisação realizada no início do mês, contra a gestão desumana que vem sendo promovida pelo banco. Na reunião, o descredenciamento dos locais de atendimento também será trazido a pauta.

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