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Luta

Caixa: Contra gestão desumana, empregados fecham a Gipes-SP

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Protesto ocorreu nesta quinta-feira 4, mesmo dia da mobilização nacional por vacina já, auxílio emergencial, contra aumentos dos combustíveis, por empregos e em defesa do BB e Caixa; atividades no prédio só foram retomadas após acordada uma reunião para sexta, às 14h
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Foto: Seeb/SP

Nesta quinta-feira 4 - mesmo dia da mobilização nacional por vacina já, auxílio emergencial, contra aumentos dos combustíveis, por empregos e em defesa do BB e Caixa - o Sindicato paralisou as atividades da Gipes-SP (filial de gestão de pessoas de São Paulo) contra a desumana gestão de pessoas praticada pela direção do banco público. As atividades só foram retomadas após ser acordada uma reunião entre a área e a representação dos trabalhadores para esta sexta-feira 5, às 14h. 

“Realizamos este protesto, com a paralisação da Gipes-SP, para exigir respeito aos empregados da Caixa, que tanto fazem pelo país e a população, especialmente durante a pandemia, com o pagamento do auxílio-emergencial para milhões de brasileiros. É urgente que a direção do banco abra diálogo com a representação dos empregados. Por isso, só aceitamos que as atividades da Gipes-SP - que no momento conta com oito empregados e todos os terceirizados no presencial, o que já evidencia o descaso com a saúde dos trabalhadores - após o compromisso da realização de uma reunião entre a representação dos trabalhadores e a área nesta sexta”, diz o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Dionísio Reis. 

Protocolo Covid-19 

Os empregados da Caixa cobram medidas mais eficazes para proteção dos empregados em relação à pandemia de Coronavírus. 

“A pandemia de coronavírus está em crescimento vertiginoso, com recordes diários de óbitos e novos casos. O ano de 2021 já registrou mais mortes de empregados da Caixa pela doença do que em todo o ano passado. Entre março e dezembro de 2020, foram 19 óbitos de empregados por Covid-19. Em 2021 já são ao menos 22. A prioridade no momento deve ser preservar a vida dos trabalhadores. É urgente que a direção do banco abra diálogo e estabeleça protocolos mais eficazes”, enfatiza Dionísio. 

Número de empregados da Caixa mortos em 2021 já supera 2020

O diretor do Sindicato lembra que a entidade vem cobrando que o banco amplie as medidas de proteção aos trabalhadores, como a inclusão de uma barreira acrílica para os gerentes e assistentes, desde o início da pandemia, sem sucesso. “A direção da Caixa tem, pelo contrário, reduzido a segurança sanitária para seus empregados. O aumento no número de óbitos entre empregados da Caixa é expressivo, e entre os terceirizados deve ser pelo menos três vezes maior. São estes trabalhadores que pagaram o auxílio emergencial para mais da metade da população brasileira, e este descaso da direção do banco coloca todos em risco”, denuncia.

PCMSO - Grupo de Risco não pode ser chamado  

Outro grave problema questionado no protesto, que será levado para a reunião desta sexta 5, é a convocação de empregados do grupo de risco para o exame periódico (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO). 

“Empregados do grupo de risco receberam convocação por email, com data e horário marcado, para o exame periódico. Isso foi um grave equívoco da Gipes-SP. Estes empregados do grupo de risco não podem, de maneira nenhuma, comparecer ao exame periódico”, orienta Dionísio. 

Falta de diálogo

Os empregados também cobram o retorno, com periodicidade definida, das reuniões do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho e do Comitê do Saúde Caixa. 

“A última reunião do Fórum de Saúde e Condições de Trabalho ocorreu em outubro, e desde então cobramos a realização de nova reunião. E até agora nada. O mesmo acontece com o Comitê de Credenciamento e Descredenciamento do Saúde Caixa, previsto no nosso acordo. Isso diz respeito a qualidade do nosso plano de saúde, que é justamente regulado pela participação dos empregados junto à Gipes-SP. Um descaso absoluto”, destaca o diretor do Sindicato. 

Contratações em SP

A representação dos empregados reivindica ainda mais contratações na base do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região. 

“Os empregados estão sobrecarregados, enfrentando a pandemia, tiveram de lidar com as longas filas do auxílio emergencial, decorrentes de toda a desorganização do governo federal e da direção da Caixa. Mais empregados para a Caixa significa também um melhor atendimento para a população, significa mais Caixa para o Brasil e para os brasileiros. Vamos levar essa e todas as demais questões para a reunião com a Gipes-SP, na qual esperamos respostas concretas, que respeitem os empregados da Caixa”, conclui Dionísio. 

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