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Chapéu
No retorno presencial

Itaú Unibanco volta a demitir no CAT

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Nas duas últimas semanas, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região recebeu denúncias de que mais de 40 funcionários do Itaú Unibanco lotados no Centro Administrativo Tatuapé (CAT) e 10 trabalhadores da rede de agências foram demitidos.

O número pode ser maior porque as demissões ocorreram entre os dias 7 e 16 de março, e muitos ainda não entraram em contato com o Sindicato.

Uma das áreas atingidas foi a do segmento de veículos. O banco alega o baixo desempenho do setor. Também houve um processo de automação, o que diminuiu o serviço.

O dirigente sindical Sergio Lopes, o Serginho, critica essas demissões. “Com a situação que o país vem enfrentando de aumento de número de desempregados, crise política, financeira e sanitária, o Itaú mais uma vez contribui para o agravamento da conjuntura, demitindo diversos funcionários e deixando muitas famílias desamparadas”.

A dirigente sindical Valeska Pincovai que também acompanha essas demissões comenta que o movimento sindical está com muitas dúvidas sobre o que ocorre no banco.

“O CAT passa por um processo de terceirização no 30 Horas e os funcionários estão sendo realocados para outras áreas. Então o porquê dessas demissões? É para que haja vagas?  Isso não ficou claro para os funcionários e parece que é como tampar o sol com a peneira”, indaga.

Lucro alto

O setor financeiro é o que mais lucrou nos últimos anos, eles não tiveram perdas nem mesmo na pandemia.

“O Itaú lucrou R$ 26,879 bilhões e nada justifica este número de desligamentos. O banco tem como realocar estes trabalhadores para outras áreas e a justificativa de performance não é ideal, pois, os bancários estão retornando agora ao trabalho presencial depois de praticamente dois anos de pandemia, trabalhando remotamente e em alguns casos, no modelo híbrido. As pessoas ainda estão se readaptando e, isto tem que ser levado em consideração na hora das cobranças, mas infelizmente o que estamos vendo são cobranças abusivas e metas absurdas”, critica Valeska que lembra.

“Nas agências físicas e digitais, o Programa GERA está acabando com a saúde mental dos trabalhadores e o modelo novo também, além disso, o Itaú está fechando várias unidades e sobrecarregando os bancários”, finaliza a dirigente.

O Sindicato já questionou o banco sobre as demissões e o número que o banco passa é bem menor do que a realidade, e continuará acompanhando o caso. E orienta ainda para que bancários demitidos ou que sofrem ameaças de demissão, devem fazer denúncia nos canais disponíveis no site.

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