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Chapéu
Terceirização 30 Horas

Graças à negociação com o Sindicato, bancários do 30 Horas do Itaú estão sendo realocados

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Em reunião com o banco Itaú, na segunda-feira 14, foram apresentados os números de funcionários realocados do 30 horas, setor do banco que foi terceirizado no final do ano passado. Na ocasião, o movimento sindical bancário interveio e conseguiu o compromisso do banco em realocar os trabalhadores. “Somos contra a terceirização porque ela significa a precarização do trabalho. Na época fizemos paralisações e por conta da nossa mobilização conseguimos que todos os funcionários do setor fossem colocados no programa de realocação, e o prazo para isso vai até junho”, explica Sérgio Lopes, o Serginho, diretor do Sindicato dos Bancáros de São Paulo, Osasco e Região.

O banco informou que quase 50% dos funcionários já foram realocados. Sendo que 66 foram promovidos, 224 transferidos para Central SAC, Central PJ, agências digitais e rede de agências, e 14 foram desligados em comum acordo. “Nenhum foi demitido sem comum acordo graças à negociação com o Sindicato”, reforça Serginho

Os bancários também relatam ao Sindicato que o banco de fato vem disponibilizando vagas, bem como cursos de CPA. E quem passa na prova da Ambima tem o custo do curso ressarcido. Até o momento foram feitos 110 ressarcimentos para os bancários. “É importante lembrar que isso foi uma conquista dos trabalhadores junto com seus sindicato, em 2012”, lembra o dirigente.

O banco garantiu também que bancários afastados e PCDs não precisam se preocupar com problemas ao voltar de licença. “Segundo o banco eles serão tratados igual aos outros, com as mesmas oportunidades e de acordo com as necessidades e capacidade laboral de cada funcionário”, relata Serginho.

Apesar dos números, o Sindicato recebeu denúncias de que alguns gestores estavam dizendo que quem não conseguisse se realocar seria demitido. Isso acabou gerando mal estar entre os funcionários. “Na véspera da entrevista de realocação fiquei muito nervosa, mas felizmente consegui passar na vaga. E se não tivesse? Isso mexeu com meu psicológico, gestores têm que ter mais respeito”, relata uma bancária.

O Sindicato está acompanhando todas as movimentações, e pede aos bancários que denunciem qualquer problema. “Não se preocupem porque o Sindicato está do lado de vocês. O banco têm condições de realocar todos os trabalhadores e estaremos lutando para que isso aconteça,  pois não é justo que uma empresa que lucra bilhões vá na contramão da responsabilidade social e contribua para aumentar o número de desempregados neste momento tão difícil que o país vem enfrentando. Terceirizar é precarizar o trabalho e o Itaú não precisa fazer isso para economizar,  é uma vergonha! “, critica Serginho.

Agência Digital

Na reunião também foi discutida a denúncia dos funcionários das agências digitais que alegam ficar mais de seis horas por dia atendendo ligações telefônicas.

O banco apresentou planilhas para mostrar que eles ficam logados em média 6 horas, porém não utilizam todo este tempo atendendo, respeitando assim o acordo feito com os sindicatos .

“São muitas as denúncias das agências digitais de pressão para cumprir metas, assédio moral e sobrecarga de trabalho,  vamos continuar acompanhando e agora com o retorno  presencial estaremos visitando os locais de trabalho e pressionando o banco para que haja solução”, destaca Serginho.

Ambulatório

Outra situação discutida foi a do ambulatório. Ele será usado apenas para exames periódicos, admissional e demissional, sendo portanto descontinuado o programa de Médico da Família, psicólogo e nutricionista. “Essa situação é bastante grave, pois os bancários não serão mais atendidos nos polos e terão que procurar médicos do plano de saúde. Cade a responsabilidade social do Itaú”, questiona o dirigente.

Vale lembrar que o Itaú implementou o atendimento nos polos em parceria com o Hospital Sírio Libanês. A medida foi vista com satisfação pelo movimento sindical. “Mas agora o Itaú está reduzindo esse atendimento, prejudicando muitos bancários que se beneficiavam do serviço. Vamos continuar cobrando o banco para que mantenha o projeto”, diz Serginho. 

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