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Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato, participa de roda de conversa com mulheres líderes sindicais

Vídeo Youtube

Nesta quinta-feira 21, a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Neiva Ribeiro, participou de uma roda de conversa com o tema “A luta das mulheres e a mídia”, no Canal do Barão, canal oficial do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé no YouTube (assista na íntegra acima).

Além da presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro; e da apresentadora e coordenadora do Barão de Itararé, Rita Casaro; participaram da roda de conversa Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários de São Paulo; e Vânia Marques Pinto, secretária de Política Agrícola da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG).

Na pauta esteve a trajetória das líderes sindicais; a importância do protagonismo feminino no movimento sindical; e a visão das debatedoras sobre a cobertura da grande mídia em relação às lutas das categorias, de suas lideranças, e a questão de gênero.

Durante a sua fala, a presidenta do Sindicato comentou um pouco sobre sua trajetória no movimento sindical bancário, iniciando sua militância com 18 anos, ingressando na diretoria do Sindicato com 27 anos, e chegando à presidência da entidade, em 2023, como a terceira presidenta mulher consecutiva a liderar os bancários e financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Neiva também destacou a participação feminina no Sindicato, com 40% de mulheres na diretoria, e 10 mulheres entre os 12 diretores executivos da entidade. “Somos um sindicato majoritariamente feminino, o que não acontece na maioria dos sindicatos do ramo financeiro. Aqui, em São Paulo, nos organizamos e conseguimos este feito.”

Sobre as mulheres na categoria bancária, a presidenta do Sindicato apontou que, mesmo com todos os avanços conquistados até hoje, elas ganham em média 22% menos que os homens na categoria e, quando comparadas bancárias negras com bancários brancos, essa diferença chega a 40%. “Temos uma luta constante em colocar mais mulheres dentro do sistema financeiro e também que elas possam chegar aos espaços de decisão, de mando, de poder.”

Neiva abordou ainda as contradições e o papel das redes sociais nas lutas sindicais e sociais. “Defendemos a regulamentação nas redes sociais. A rede pode ser um instrumento de manipulação e informações falsas, patrocinadas por determinados grupos, mas por outro lado, nos ajudam a dar repercussão para as lutas dos trabalhadores e dar visibilidade para situações de assédio e violência como a que ocorreu recentemente em um elevador e os casos de jogadores de futebol condenados por estupro”, exemplificou.

“Temos utilizado muito as redes sociais para fazer as nossas lutas, nossas discussões, para falar de representatividade, que não temos na mídia tradicional”, acrescentou.

Já sobre a cobertura da mídia tradicional nas lutas sociais e na representatividade e protagonismo femininos, Neiva avaliou que o fim das desigualdades deve ser construído com vários atores sociais, inclusive, a mídia. A representação das mulheres, sobretudo as negras, tem que refletir a sociedade. A representatividade é relevante para garantir a equidade e a igualdade de oportunidades. “Sabemos a importância da imprensa alternativa, como a Rede Brasil Atual, Brasil de Fato, e o trabalho dos blogueiros progressistas em destacar pautas que valorizem o trabalhador, contextualizando informações com recorte de gênero, raça e classe social”.

Por fim, a presidenta do Sindicato celebrou a parceria com as demais líderes sindicais mulheres, não só nas lutas das categorias , mas também nas questões de gênero. “Quando uma sobe, ela puxa a outra. Nós acreditamos na luta das mulheres por igualdade de oportunidades, por um mundo mais justo e igualitário", concluiu.

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