
Em reunião com os vice-presidentes de Pessoas e de Rede, nesta terça (25), dirigentes de entidades representativas dos empregados da Caixa Econômica Federal reforçaram a cobrança por medidas para combater o assédio moral no banco e a adoção de medidas para melhorar o atendimento do Saúde Caixa. Eles ressaltaram a recorrência dos problemas e a falta de soluções, o que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores.
Abaixo-assinado
Um abaixo-assinado em defesa do Saúde Caixa com quase 24 mil assinaturas foi entregue no encontro. Os usuários do plano de saúde reivindicam, entre outras medidas, estrutura adequada para as Gipes e instalação dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento. Reivindicam também a contenção dos aumentos das mensalidades do plano de saúde.
“O grande número de assinaturas no abaixo-assinado nesta última semana demonstra que os empregados estão mobilizados na defesa dessa importante conquista que é o Saúde Caixa. Seguiremos atentos e mobilizados para garantir que o Saúde Caixa possa ter a qualidade que precisamos, que seja acessível aos empregados e que possa ter sustentabilidade", destaca a dirigente do Sindicato dos Bancários, Luiza Hansen.
Saúde Caixa
Participaram da reunião, representando os empregados, Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae); Rafael de Castro, coordenador da CEE e diretor da Fenae e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT); e Fabiana Uehara Proscholdt, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.
Eles foram recebidos pelos vice-presidentes, Francisco Egídio Pelúcio Martins (VP de Pessoas) e Adriano Assis Matias (VP de Redes), além do diretor de Pessoas, Sidney Soares Filho.
Os representantes dos empregados destacaram que o vice-presidente Francisco Egídio ficou de analisar as propostas e reivindicações de melhorias no plano, do atendimento aos usuários e da criação dos comitês de credenciamento e descredenciamento. Ainda segundo eles, a reunião foi muito importante para tratar não só do Saúde Caixa, mas também das denúncias de assédio moral que estão permeando as relações de trabalho dentro das unidades do banco.
Assédio moral
Para o coordenador da CEE, Rafael de Castro, a reunião marca a abertura de um espaço de diálogo para tratar das reivindicações de melhorias das condições de trabalho no banco. “Infelizmente, o assédio moral é uma questão que permanece em nossa pauta. Na reunião, tratamos com os vice-presidentes de questões como TDV (Time de Vendas), ranqueamento individual e a divulgação de rankings, o que contraria nosso acordo. Queremos que esse diálogo seja permanente para debater e cobrar soluções por parte da Caixa”, disse Rafael de Castro.
Os representantes dos empregados também abordaram o impacto do resultado da atuação/desempenho dos correspondentes que afetam o TDV das unidades, além da necessidade de revisar questões da sua mensuração. “Seria pertinente que o TDV, que é um índice semestral, sofresse adequações para períodos de férias dos trabalhadores, porque quando o empregado sai de férias, precisa cumprir em cinco meses a meta estabelecida para o período de seis meses”, explicou o coordenador da CEE.
Outro aspecto tratado junto ao VP é a necessidade de uma orientação que aborde as cobranças, de hora em hora, por resultados. Este tipo de cobrança gera enorme desgaste nos empregados e é um grande fator de adoecimento da categoria.
A conselheira eleita, Fabiana Uehara, destaca que tem acompanhado as denúncias que recebe sobre assédio e levado à direção do banco. “Não podemos admitir que práticas como ranking e a divulgação dos resultados, como forma de constrangimento, continuem acontecendo na Caixa”.
Também foi solicitado informações atualizadas sobre adoecimento no banco.
Na semana passada, a Contraf-CUT enviou ofício à direção do banco pedindo explicações sobre cobranças abusivas de metas e assédio.
“Reforçamos aos empregados que aproveitem o espaço aberto pelo diálogo de hoje para que possamos levar esses e outros pontos que não tenham sido abordados", complementou o coordenador da CEE, Rafael de Castro.
Os empregados e empregadas da Caixa podem enviar suas queixas pelo Canal de Denúncias do Sindicato.
