
Neste sábado, 8 de Março, bancárias e bancários - junto ao Sindicato, CUT, demais centrais; e movimentos sociais – ocuparam a Avenida Paulista no ato do Dia Internacional das Mulheres.
Este ano, o Sindicato definiu o mote “Construindo um futuro com igualdade” para a sua atuação no Mês da Mulher. No ato da Paulista, as bancárias e demais trabalhadoras defenderam as seguintes bandeiras de luta:
- Fim da escala 6X1 – Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salário
- Salário Igual para trabalho igual
- Ratificação da Convenção 190 da OIT
- Liberdade, igualdade e autonomia das mulheres
- Em defesa da democracia, sem anistia para golpistas
- Combate ao racismo e toda forma de discriminação às mulheres
- Em defesa do trabalho decente e emprego com garantia dos direitos e conquistas
- Ampliação da licença-maternidade para 6 meses
- Justiça climática e reprodutiva
- Política de cuidado
- Saúde da mulher
- Fim das privatizações e terceirizações
- Inclusão e políticas às mães atípicas

“O Dia Internacional da Mulher é um dia de luta, de reflexão, no qual celebramos as conquistas de mulheres de gerações anteriores, as conquistas da nossa geração e lutamos para que as próximas gerações vivam em um mundo mais justo, livre do machismo e da misoginia, com igualdade salarial e sem que tenham, como muitas de nós, de cumprir uma dupla ou tripla jornada”, destaca a secretária de Cultura, Esporte e Lazer do Sindicato, Karen Souza.
Já a presidenta do Sindicato, Neiva Ribeiro, reforça que os homens devem se comprometer com a luta contra o machismo e a misoginia. “Se hoje temos uma sociedade estruturada pelo machismo e a misoginia, essa estrutura foi criada por homens e em benefício dos homens. Portanto, os homens devem se comprometer com a luta contra o machismo, assumir a responsabilidade efetiva para romper com estas estruturas.”
"Nós bancárias historicamente lutamos por igualdade, não apenas no trabalho, mas em todos os aspectos da vida das mulheres. Nossa participação neste dia de luta, junto com tantas outras mulheres trabalhadoras, reforça a importância da data. É um espaço no qual, unidas, continuamos levando nossas bandeiras de luta", enfatiza Fernanda Lopes, secretária de Mulheres da Contraf-CUT.
Lutar por democracia e direitos também é lutar pelas mulheres

Muitas das bandeiras de luta do Ato Unificado do Dia Internacional do Dia Internacional das Mulheres trouxeram reivindicações em defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores. O fim da escala 6x1, a defesa do trabalho decente, salário igual para trabalho igual e sem anistia para golpistas são alguns exemplos destas reivindicações.
“Defender os direitos dos trabalhadores e a própria democracia é, sobretudo, defender as mulheres. Sabemos que quando direitos trabalhistas e sociais são atacados, as mulheres são as primeiras e as que mais sofrem. Foi assim nas reformas trabalhista e da Previdência”, explica Neiva Ribeiro.
Confira abaixo algumas conquistas importantes do Sindicato para as bancárias
- Auxílio crecha/babá;
- Licença-maternidade ampliada de 180 dias;
- Licença-paternidade ampliada de 20 dias, vinculada a realização de curso de Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas;
- Possibilidade da bancária vítima de violência de gênero pedir mudança no regime de trabalho e realocação para outro local de trabalho, de forma sigilosa;
- Por meio do Programa Nacional de Prevenção à Violência de Gênero, conquista da categoria negociada com os bancos, foram lançadas duas cartilhas que abordam, de forma didática, a necessidade de se combater a violência contra a mulher e de se construir uma sociedade livre do machismo;
- Participação do Sindicato no Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), que debate as regras e a implementação da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres.
- Na última Campanha Nacional dos Bancários foi conquistada a concessão de 3.000 bolsas de estudo para capacitar mulheres, pessoas trans e PCDs em programação; e 100 bolsas para programa intensivo de aprendizagem, voltado para a formação avançada de mulheres na tecnologia.
- Projeto Basta!, que oferece acolhimento e orientação jurídica para mulheres vítimas de violência de gênero, bancárias ou não.
“A categoria bancária é pioneira no debate e na conquista de direitos para as mulheres nas relações de trabalho. Desde 2000, temos uma cláusula de igualdade de oportunidades na CCT, que garante uma mesa permanente de negociação com os bancos sobre o tema, o que viabilizou inúmeras conquistas. Seguiremos na luta em defesa da democracia, dos direitos, por novas conquistas e uma sociedade livre do machismo, da misoginia e da violência de gênero”, conclui a presidenta do Sindicato.
