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Ato lembra vítimas de acidentes de trabalho

Linha fina
Sindicato cobra das instituições financeiras melhores condições de trabalho, especialmente na prevenção a transtornos mentais e na proteção à vida
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São Paulo – O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho (28 de abril) foi lembrado na manhã da sexta-feira 27 pelo movimento sindical em uma manifestação em frente à superintendência regional do INSS, na região central de São Paulo.

> Fotos: galeria com imagens da manifestação
> Vídeo: matéria especial sobre o protesto

O Sindicato esteve presente no ato e reforçou o coro dos trabalhadores contra a alta programada do INSS e pela humanização nas perícias médicas. A secretária de Saúde da entidade, Marta Soares (foto), acrescentou ainda a importância dos "princípios da seguridade social conforme nossa Constituição", reforçando que os bancários são contra qualquer iniciativa de privatização da Previdência Social.

Em 2010, aproximadamente 2,7 mil trabalhadores morreram em decorrência de acidentes de trabalho, mas o número pode ser bem maior. "A Região Sudeste é a primeira no índice. No entanto, os traumas psicológicos e mentais que os bancários enfrentam, na maioria das vezes, não são notificados como doença ocupacional", disse Marta, que cobou ação dos bancos. "Já passou da hora de os bancos, que tanto lucram por meio do bom trabalho executado pela categoria, apresentarem contrapartidas para melhorar as condições de trabalho, dar mais segurança aos funcionários e mudar a gestão operacional que adoece mais e mais a categoria”.

Segurança é saúde - A emissão da Comunicação de Acidente no Trabalho (CAT) para todos os trabalhadores presentes em agências bancárias durante assaltos é uma das exigências do Sindicato, assim como a obrigatoriedade das portas de segurança. Para a secretária de Saúde, o aumento das estatísticas de doenças ocupacionais também está ligado, muitas vezes, nos casos de violência externa contra o trabalhador, como assaltos e sequestros.

> Após reivindicação, Safra instala portas de segurança
> Vídeo: porta de segurança obrigatória em Osasco

Menos Metas, Mais Saúde – A atuação do Sindicato é forte contra o cumprimento de metas inatingíveis imposta pelas instituições financeiras. “Queremos o fim das metas abusivas e individuais. O adoecimento mental acaba com a vida do bancário e destrói famílias, além de desconstruir o valor da ascensão profissional, uma vez que os bancários adoecem cada vez mais cedo”, conclui Marta.

O Sindicato lançará em breve uma nova edição da cartilha Menos Metas, Mais Saúde, com distribuição do material nos locais de trabalho e debate com a categoria para ressaltar a importância da venda responsável por produtos e o fim das cobranças individuais.


Gisele Coutinho - 27/4/2012

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