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Sindicato cobra atenção à saúde mental da categoria

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Transtorno pós-traumático em pauta no Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho
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São Paulo – A categoria bancária é uma das que mais adoece no Brasil. Entre os problemas mais graves estão os transtornos mentais, principalmente pós-trauma, como assaltos em agências e sequestros que deixam as vítimas angustiadas no ambiente de trabalho.

Esse drama será um dos pontos a ser lembrado durante ato pelo Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho (28 de abril) na sexta-feira 27. A mobilização será em conjunto com a CUT (Central Única dos Trabalhadores), das 9h às 13h, em frente à Superintendência Regional do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em São Paulo, no Viaduto Santa Ifigênia, região central.

Segundo a secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, o objetivo é dar mais visibilidade às doenças mentais e à dificuldade de reconhecê-las como acidente de trabalho. “O bancário que sofre violência psicológica ou física durante um assalto em seu local de trabalho precisa ser amparado de forma adequada. Como medida de prevenção à violência, já defendemos a política pela manutenção das portas de segurança nas agências”, ressalta a dirigente.

A secretária de Saúde também alerta sobre o adoecimento por conta das metas abusivas. “A cobrança pela venda irresponsável de produtos, por metas inatingíveis, e a prática do assédio moral nas instituições financeiras são os principais motivos para o adoecimento mental na categoria. Os bancos lideram estatísticas de afastamento por males físicos e psíquicos que muitas vezes causam transtornos irreversíveis à saúde”.

A humanização das perícias no INSS continua na discussão do movimento sindical. “O trabalhador sofre diante das barreiras impostas. Nossa luta também é reforçar a campanha pela humanização das perícias”, conclui Marta.

Consulta pública - O INSS publicou em seu site (www.previdencia.gov.br) a consulta pública “população pode opinar sobre prazos necessários para a recuperação da saúde dos trabalhadores”, aberta dia 9 e com prazo para terminar nesta quinta-feira 26. Na prática, o INSS juntou todas as doenças previstas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID 10 – e fixou prazos máximos para afastamentos relacionados ao trabalho.

No entanto, o Sindicato, assim como a CUT Nacional e as demais centrais sindicais assinaram termo político encaminhado ao INSS que exige o cancelamento da consulta e a abertura democrática dos debates, considerando a relevância do tema para trabalhadores e toda sociedade brasileira.

Representantes dos trabalhadores estarão em Brasília nesta quinta 29 em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal para discutir o assunto.


Gisele Coutinho – 25/4/2012

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