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Avança debate com bancos sobre Sipat e PCMSO

Linha fina
Mesa temática sobre saúde e condições de trabalho também foi marcada por recusa dos bancos em discutir pausa de 10 minutos a cada 50 trabalhados e metas abusivas
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São Paulo – Sindicatos, federações e Contraf-CUT retomaram na quinta 28 com a federação dos bancos (Fenaban) a mesa temática de Saúde do Trabalhador. Os debates, na quinta 28, avançaram em dois pontos: avaliação do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e questões sobre a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat). Foi a primeira mesa do ano sobre o tema.

Em relação ao Pcmso ficou definido o objetivo de os debates continuarem nas próximas reuniões para se encontrar mecanismo negociado de avaliação do programa, tendo em vista a melhoria do atendimento, a prevenção dos adoecimentos e a promoção da saúde.

Em relação à Sipat, o movimento sindical reivindica que os bancos se comprometam a informar, em até 30 dias de antecedência, os trabalhadores e os sindicatos sobre a realização do evento, assim como local, data e tema que será abordado. A Fenaban se comprometeu a avaliar a proposta e apresentar uma posição na reunião seguinte.

Atestados médicos – Os bancos insistem na política de revisão, recusa ou contestação de atestados médicos quando apresentados pelos trabalhadores nas agências ou departamentos. "Nossa reivindicação é o fim da prática discriminatória de 'classificação de atestados médicos'", afirmou Walcir Previtale, secretário de Saúde da Contraf-CUT. Mas a Fenaban se recusou a discutir o tema. "Não vamos desistir de colocar em pauta um assunto tão caro aos trabalhadores", enfatizou o dirigente.

Metas abusivas – Outro ponto que a Fenaban se recusou a debater foi em relação às metas abusivas. O argumento utilizado pelos bancos é o de que cabe à gestão de cada instituição financeira definir quais são as metas.

O dirigente sindical explicou que o ponto de vista dos representantes dos trabalhadores é de que o problema não está na meta em si, mas nas formas de pressão sobre os trabalhadores para que cumpram metas abusivas. “É importante criar condições objetivas de trabalho para que bancários possam atingir as metas com tranquilidade e, quando não atingirem, que seja democraticamente avaliado. Vamos continuar pressionando para que o tema volte à mesa de negociação", afirmou o dirigente.

Pausa – A Fenaban se recusou a levar em conta a proposta do movimento sindical de pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados. Durante a Campanha Nacional de 2012 ficou definido entre trabalhadores e Fenaban que seriam analisadas as estatísticas de adoecimento da categoria, de modo a ter instrumentos para averiguar quais funções são mais afetadas pelas LER/Dort.

Os representantes dos trabalhadores reforçaram que querem a abertura pelos bancos de informações sobre o adoecimento e afastamentos dos funcionários.

A Fenaban considera a existência de micro pausas e minipausas no processo de trabalho bancário como suficientes. "Os bancos se recusam a discutir nossa proposta", salientou Walcir.

Prisma – Os bancos apresentaram a proposta de reativação do programa Prisma. Trata-se de um convênio entre bancos e INSS que coloca postos do instituto em suas dependências para prestar serviços previdenciários, em casos de afastamento de trabalho. Os trabalhadores ficaram de avaliar a proposta e apresentar um posicionamento na próxima reunião.


Redação com informações da Contraf-CUT - 1º/4/2013

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