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Ato em São Paulo cobra saúde pública de qualidade

Linha fina
No Dia Mundial da Saúde, movimentos sindical e social fazem caminhada por SUS de qualidade e contra o PL 4330, da terceirização fraudulenta
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São Paulo – Com uma passeata que saiu por volta das 11h da frente da Secretaria Estadual de Saúde, na Avenida Rebouças, em direção à Praça da República, no centro da capital paulista, os movimentos sindical e populares lembraram o Dia Mundial da Saúde, celebrado na terça-feira 7. Os manifestantes defenderam a saúde pública e de qualidade, com melhoria e ampliação do SUS (Sistema Único de Saúde), e também protestaram contra o Projeto de Lei 4330, que permite a terceirização em qualquer atividade das empresas, inclusive as atividades-fim. O PL 4330 está previsto para ser votado na tarde desta terça-feira pelo plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

A pauta de reivindicações do ato, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e movimentos sociais, também incluiu a defesa da democracia, dos direitos trabalhistas, da Petrobras, o combate à corrupção, além das reformas política, agrária e da comunicação.

SUS – Uma das reivindicações dos manifestantes é o aumento do orçamento para a saúde pública. “Fazemos o protesto para ver se essa questão da melhoria da saúde vai para frente. É um ato suprapartidário, a gente faz isso para esclarecer a população”, disse Luiz Antônio Queiroz, secretário de Saúde da CUT-SP.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), Gervásio Foganholi, criticou a forma como o problema da dengue está sendo tratado pelas autoridades públicas, principalmente na questão de recursos. “A Superintendência de Endemia do Estado de São Paulo repassou serviços para os municípios, fez a descentralização da gestão, mas não repassou os recursos necessários, não deu infraestrutura.”

Adão do Carmo, representante do Movimento Popular de Saúde, também criticou os serviços de saúde oferecidos à população. “A gente vive um dos piores momentos, a saúde está totalmente sucateada. Não tem mais funcionário público, a maioria são prestadores de serviço, de forma desordenada.”

Dia Nacional de Luta – Além das questões da saúde, a terça-feira 7 contempla o Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora com protestos em diversas outras capitais do país. A principal bandeira é o combate ao PL 4330. Para evitar a votação, trabalhadores de todo o país foram a Brasília, inclusive dirigentes do Sindicato e outros militantes, que lotaram diversos ônibus em direção à capital federal.

Os atos organizados pela CUT, CTB, MST e movimentos populares do campo e da cidade iniciaram logo pela manhã em Florianópolis (SC) e Salvador (BA). Os manifestantes carregaram faixas e cartazes nos aeroportos dessas cidades e procuraram abordar os parlamentares que viajavam a Brasília, onde também houve protesto no aeroporto.

Ocorreram, ainda, atos logo pela manhã em Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Maceió (AL) e João Pessoa (PB). Ainda estão previstas manifestações em Aracajú (SE), Recife e Petrolina (PE), Curitiba (PR), Belém (PA) e Belo Horizonte (MG).


Redação, com informações da Agência Brasil, UOL e CUT – 7/4/2015

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