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CSA discutirá reação mundial ao conservadorismo

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Terceiro encontro da Confederação Sindical das Américas acontece entre dias 26 e 29 de abril no Brasil
Imagem Destaque
São Paulo - Mais de 500 delegados de todas as Américas irão se reunir entre os dias 26 e 29 de abril em São Paulo durante o 3º Congresso Internacional da CSA (Confederação Sindical das Américas).  

O encontro que terá participação dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Pepe Mujica (Uuruguai), elegerá a nova direção da entidade e discutirá a atuação dos trabalhadores diante do aprofundamento de tratados de livre comércio e de ataques das transnacionais às conquistas sociais, especialmente na América do Sul.

Ações que colocam em risco o Plada (Plano de Desenvolvimento para as Américas), documento da CSA construído com diversos movimentos sociais em defesa das Américas como território de paz, igualdade, bem-estar social e desenvolvimento sustentável.

A CUT participará do congresso com uma delegação paritária formada por 24 delegados (12 homens e 12 mulheres), em que 30% são jovens. A Central terá também um estande para pautar a luta pela democracia e por direitos para pautar os delegados sobre esse tema.

No local, a maior central sindical do país distribuirá um artigo em quatros idiomas (português, espanhol, inglês e francês) para atualizar os últimos episódios da crise no Brasil, com destaque para a denúncia do golpe e para pedir solidariedade ao movimento sindical internacional.

A Central solicitará aos organismos internacionais que denunciem a tentativa de ataque à democracia e, se confirmado o golpe, o pedido para que as organizações não reconheçam o governo golpista.

Ação conjunta  - Para o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa, o momento pelo qual passa a América do Sul é resultado de ataques orquestrados que devem também ser respondidos com unidade, cenário que reforça a importância da atuação da CSA.

“Além da situação grave no Brasil, temos retrocesso na Argentina, a partir da eleição do Macri, na Venezuela, a partir da eleição de um parlamento da direita, e ataques no Brasil ao governo Dilma. Situação semelhante se repete com a presidenta Michele Bachelet, no Chile, e com Tabaré Vázquez, no Uruguai. Não é uma coincidência, é a construção de um discurso por meio dos meios de comunicação e do boicote empresarial para afetar a economia. Uma ofensiva da direita que exige estarmos preparados para essa nova realidade com uma CSA de mais resistência e combate”, defende o dirigente.

Para Lisboa, a política cada vez tomada e alimentada pelas corporações transnacionais mira o Brasil por conta do incômodo com a guinada na geopolítica e nas políticas de distribuição de renda.

“O avanço do capital internacional mira riquezas que podem nos oferecer autonomia, como o pré-sal e a água. Além disso, o Brasil é parte dos BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), um bloco econômico que ameaça a hegemonia americana. E quando você junta tudo isso a políticas públicas de distribuição de renda e ataques a privilégios, você tem um cenário de insatisfação da elite atrasada brasileira que, ainda por cima, não consegue vencer candidatos populares desde a eleição do presidente Lula”, avalia.
3º Congresso da CSA
26 a 29 de abril de 2016
São Paulo
Dia 26
9h - 13h – Seminário Internacional “Democracia e Desenvolvimento nas Américas: Estratégia Sindical para o período 2016-2020”
14h - 16h – Reunião do Comitê de Mulheres
16h - 18h – Reunião do Comitê de Juventude
19h30 – Abertura Solene

Dia 27
8h30 – Vídeo do Congresso
9h -11h – Informe de Comitê de Credenciais
Confirmação dos Comitês de Trabalho
Primero informe do Comitê de Estatutos e Regulamento
Aprovação do Regulamento do Congresso
Eleição da mesa Diretora do Congresso
Eleição do Comitê Eleitoral
11h - 11h15 – Obituário
11h15 - 11h30 – Intervenção Sharan Burrow, secretaria geral CSI
11h30 – 11h45 – Apresentação do Balanço Financeiro
11h45 – 13h – Apresentação do Balanço Politico e Organizativo
14h30 – 15h – Intervenção
Luca Visentini, secretário geral da Confederação Europeia de Sindicatos, CES Tefere Gebre, vice-presidente da AFL-CIO - EUA
15h - 16h30 – Apresentação, defesa e votação da reforma estatutária
16h30 – 17h – Mística das Mulheres
17h – 19h – Intervenção dos Ex presidentes José 'Pepe' Mújica e Luiz Inacio Lula da Silva

Dia 28
8h30 – Video do Congresso
9h - 10h30 – Apresentação e defesa das listas para o Secretariado, Conselho Executivo e Conselho Fiscal da CSA
10h30 - 12h – Apresentação, defesa e votação das emendas ao Documento base
12h - 13h – Intervenção de convidados
14h30 - 14h45 – Ato em memória aos Trabalhadores Falecidos e Acidentados no Trabalho
14h45 - 15h30 – Intervenção dos delegados
15h50 - 16h05 – Mística dos jovens
16h15 - 17h – Intervenção dos delegados
17h - 18h – Informe do processo eleitoral, resultado e proclamação da lista eleita
18h – Intervenção do Secretario-Geral eleito

Día 29
8h - Video do Congresso
8h30 – 9h30 – Informe final dos comitês estatutários
9h30 – 11h – Apresentação, debate e aprovação das resoluções
11h – 11h30 – Intervenção do Diretor da Geral da OIT, Guy Ryder e Miguel Rossetto Ministro do Trabalho do Brasil
11h30 – 11h50 – Encerramento do 3º Congresso – presidenta/e da CSA


Luiz Carvalho, da CUT - 26/4/2016
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