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Jornada no 1º de maio em defesa da democracia

Linha fina
Frente Brasil Popular orienta povo brasileiro "a continuar nas ruas com atos, paralisações e manifestos"
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São Paulo - Movimentos sindical e sociais estiveram reunidos na quarta-feira 20, na cidade de São Paulo, para traçar ações para o período em que será preciso barrar o golpe que está em curso no Brasil. Em nota, as entidades apontam para a construção de uma ampla jornada pela democracia no dia 1º de maio. Confira, abaixo, a nota na íntegra.

Vamos continuar a luta contra o golpe!

A Frente Brasil Popular, reunida nesta quarta-feira, dia 20 de abril, reafirma que não aceitará o golpe tramado por forças antidemocráticas, antipopulares e antinacionais que aspiram por retomar o governo federal à revelia das urnas, impondo um modelo econômico baseado na restrição dos direitos trabalhistas, dos programas sociais e da soberania nacional.

A votação na Câmara Federal, que denunciamos como fraude forjada pelos barões da corrupção, da plutocracia e da mídia, demonstrou que não havia qualquer crime de responsabilidade cometido pela presidenta Dilma Rousseff. A declaração dos deputados e deputadas, em nome de Deus e da família, com menções machistas, homofóbicas e racistas, foi só uma forma de camuflar a ruptura constitucional que estava sendo aplicada.

A Frente Brasil Popular conclama a sociedade brasileira a continuar nas ruas com atos, paralisações e manifestos e também continuar a organização dos comitês em defesa da democracia e contra o golpe nos municípios, escolas, universidades e categorias profissionais.

Convidamos também todos os movimentos e entidades do campo democrático a construir uma grande jornada contra o golpe no dia 1º de maio, com grandes concentrações por todo o país. Orientamos igualmente à organização imediata de atividades regionais e setoriais que expressem a repulsa do mundo da cultura, do trabalho e da democracia contra o impeachment.

Demandamos à presidenta da República que prontamente reorganize seu ministério, com representantes das forças partidárias e sociais que conformam a resistência democrática. Este novo governo está chamado a adotar medidas emergenciais que protejam a renda e o emprego dos trabalhadores.

Não descansaremos um só minuto antes que o golpismo seja derrotado e o país possa retomar o rumo da normalidade constitucional. Não reconheceremos qualquer governo que tem origem no desrespeito e desprezo da legalidade democrática, inevitavelmente caracterizado pela ilegitimidade e o arbítrio.

Como em outros momentos difíceis da história brasileira, o povo estará à altura do desafio de derrotar os inimigos da Constituição e da democracia.

São Paulo, 20 de abril de 2016.

Frente Brasil Popular 


CUT São Paulo - 22/4/2016
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