São Paulo – As mais de 200 assinaturas coletadas junto a clientes e usuários, em ato na agência Guaicurus da Caixa em 5 de abril, foram apresentadas por dirigentes do Sindicato e da Apcef-SP aos representantes da Superintedência Regional Pinheiros (SR Pinheiros), em reunião realizada na terça-feira 11.
Os sindicalistas expuseram a situação caótica dessa e de outras unidades, cujas condições para o atendimento à população pioraram devido à corrida provocada para o saque das contas inativas do Fundo de Garantia. “Deixamos claro que situações similares em outras agências foram levadas às SRs Penha, Santana e Santo Amaro, que deslocaram empregados para socorrê-las em dias de pico”, afirma o diretor do Sindicato Renato Perez.
O superintendente da Pinheiros alegou ter dotação de pessoal menor que as demais SRs, mas que poderia deslocar alguns trabalhadores para as unidades que necessitarem, desde que houvesse solicitação formal das gerências de cada agência.
“É importante que os locais com poucos bancários notifiquem não apenas a SR Pinheiros, mas também o Sindicato e a Apcef-SP para que possamos acompanhar a situação de perto e interferir caso seja necessário. Para a Guaicurus, nos foi garantido esse deslocamento pontual. No entanto, sabemos que isso não resolve e cobramos a elaboração de plano geral para solucionar o problema. Defendemos ainda que isso passa necessariamente pela contratação de mais funcionários pelo banco público”, acrescenta Renato.
Trabalho no sábado – A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) acrescentou nesta semana mais um desrespeito da direção da empresa à denúncia já feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT) de truculência da Caixa na convocação de bancários para trabalhar no sábado.
À queixa feita pela Contraf-CUT, Fenae, Apcef-SP e sindicatos em 16 de fevereiro, agora também consta o pagamento incorreto pelas horas extras de quem trabalhou aos sábados: a Caixa aplicou 50% sobre a hora trabalhada quando o correto é 100%.
O percentual maior está assegurado na cláusula 9 do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que classifica sábados, domingos e feriados como repouso semanal remunerado.
Também é relatada na nova queixa ao órgão que os gerentes-gerais nem sequer recebem hora extra pelo trabalho além de sua jornada.
A CEE solicita ainda reunião com a Caixa, mediada pelo MPT, para debater os problemas. O órgão ainda não se posicionou sobre a solicitação, nem sobre a denúncia.
Mobilização – Em 20 de abril será deflagrado Dia Nacional de Luta em defesa dos bancos públicos. Na mesma data, a partir das 18h, serão realizadas plenárias nas regionais do Sindicato sobre a greve geral de 28 de abril.
Confira aqui telefones e endereços das regionais, sendo que para quem trabalha na região central da capital, a reunião ocorre na sede do Sindicato (Rua São Bento, 413).
“É importante que todos os empregados da Caixa participem do dia de luta e ajudem a fortalecer a greve geral. Além de dizer um não às reformas trabalhista e da Previdência, precisamos mostrar à direção da Caixa que é fundamental ampliar o quadro de empregados, merecemos PLR maior e que não aceitamos retirada de direitos”, diz o diretor do Sindicato e coordenador da CEE, Dionísio Reis.
