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Chapéu
Estatização dos Bancos

Bandeira do Sindicato é destaque em editorial do JB

Linha fina
No texto, publicação carioca defende a estatização do sistema bancário brasileiro contra oligopólio voraz que controla o segmento no país
Imagem Destaque
Charge: Marcio Baraldi

São Paulo – A estatização do sistema bancário brasileiro, bandeira do Sindicato pelo menos desde meados da década de 1980, ganhou destaque esta semana nas páginas do Jornal do Brasil (JB). Em editorial (leia aqui a íntegra) na edição de domingo 15 de abril, intitulado “Estatizar os bancos para o Brasil crescer”, o periódico carioca ressalta que o oligopólio (de seis bancos: Itaú, Bradesco, Santander, Safra, BB e Caixa) que controla o segmento “demonstra não ser sensível às demandas da sociedade por juros mais baixos e linhas de crédito em condições suportáveis pelos trabalhadores e empresas”.

Quatro bancos acumulam 78,5% das operações de crédito em 2017
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O texto lembra que quatro famílias “administram 60% da base monetária” no país e acrescenta que o oligopólio “não se sensibiliza diante do caos instalado na economia, cujo principal motivo são as taxas de juros que cobram, não só de quem cria riquezas e gera empregos, mas também de 62 milhões de trabalhadores que se encontram inadimplentes junto aos bancos e financeiras”.

“É importante destacar que a estatização do sistema bancário, juntamente com o fortalecimento dos bancos regionais, é uma bandeira antiga nossa. Já defendíamos isso na gestão (Luiz) Gushiken (1985-86) frente ao Sindicato”, ressalta o diretor executivo do Sindicato e funcionário do BB Ernesto Izumi.

O dirigente lembra que mesmo com a queda da Selic, taxa de juros básica da economia brasileira, para 6,5% ao ano, o spread bancário (diferença entre o que os bancos gastam para captar dinheiro e quanto eles cobram para emprestá-lo) continua alto.

“Em momentos de crise, é o banco público que apoia a economia, ou pelo menos deveria, pois o atual governo não demonstra isso na prática. Os bancos públicos são importantes instrumentos de política econômica e promotores do desenvolvimento econômico e social no Brasil. E essenciais em setores da economia onde os bancos privados não têm interesse em participar, como financiamento habitacional para a população de baixa renda e para a agricultura familiar”, acrescenta Ernesto.

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