Após o Sindicato fechar 5 agências do Santander na zona norte de São Paulo e tornar público os problemas nessas unidades, o Regional convocou o movimento sindical e apresentou algumas propostas de melhorias. A reunião ocoreu na segunda-feira 15, na Casa Verde, e assuntos como falta de funcionários, garantia de pagamento do transporte entre agências, grupos de WhatsApp e Cota estiveram na pauta.
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O dirigente sindical André Bezerra comenta que, incomodado com o fechamento das 5 agências e com o impacto negativo causado para a imagem do banco, o Regional informou que vai rever e fazer uma melhor distribuição de trabalhadores nessas unidades para evitar extensas filas nos caixas e também a sobrecarga para os bancários nos dias de pico.
“O Regional se comprometeu em avaliar as agências e dar mais atenção àquelas que têm muita demanda nos chamados dias ‘quentes’ (picos). Ele disse que fará uma melhor distribuição de bancários, evitando assim as filas extensas e a demora no atendimento para a população, e respeitando uma determinação da própria Fenaban segundo a qual, em dias de pico, o atendimento não ultrapasse 30 minutos e, em dias normais, não demore mais que 15 minutos.”
Deslocamento sem reembolso
Em relação ao deslocamento sem reembolso, uma das reclamações dos bancários, o Regional garantiu que tanto o GG (Gerente Geral) quanto o GA (Gerente Administrativo) têm acesso ao aplicativo de transporte e que deve ser utilizado para esse fim. “Antes os bancários reclamavam que não havia reembolso e que pagavam esse transporte do próprio bolso”, lembra André.
Regional saiu do grupo
Outro ponto tratado nessa reunião foi a presença do Regional nos grupos de WhatsApp dos gerentes de relacionamentos PF, PJ e Van Gogh. A reclamação dos bancários é que a presença intimidava e tirava a privacidade deles. “Às vezes, eles gostariam de trocar informações, desabafos ou dúvidas, mas a presença do Regional intimidava. Ele nos garantiu que vai se retirar de todos os grupos”, relata.
Fim da Cota
Outra grande reclamação dos bancários e que foi levada para essa reunião é em relação a Cota e ao assédio moral. André explicou ao Regional que os bancários reclamaram que ao bater a meta, o GG mandava dobrar a meta por meio da Cota e que, muitas vezes, ele praticava assédio moral para atingir o que havia proposto, e muitos bancários estavam usando medicamentos para aguentar a pressão.
“O Regional informou que a partir de agora não existirá mais a Cota e que os bancários seguirão os padrões já estipulados pelo banco para o cumprimento de metas”, comenta.
André avalia que a reunião foi positiva e ressalta que só foi possível debater os problemas graças às denúncias de bancários. “É por isso que reforçamos a importância do bancário se sindicalizar e fortalecer a luta do movimento sindical por melhorias no ambiente de trabalho”.
O dirigente sindical Anderson Pirota, que também participou da reunião, disse que o Sindicato vai continuar acompanhando a efetividade do que ficou acordado para as agências. E convoca os bancários a ficarem vigilantes e, caso percebam alguma anormalidade, entrem em contato com o Sindicato.
“O Sindicato tem um histórico de 96 anos de luta em prol dos trabalhadores, mas isso só é possível com a participação dos bancários, denunciando, sindicalizando-se e fortalecendo a nossa entidade. O Regional assumiu compromissos importantes e vamos monitorar o seu cumprimento, caso isso não ocorra, o Sindicato responderá com ação”, finaliza Pirota.