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Empregados da Caixa Federal protestam por pagamento correto da PLR Social

Linha fina
Atividade em âmbito nacional também cobrou mais contratações, denunciou mais um fatiamento da Caixa e reivindicou mais proteção à saúde e à vida dos trabalhadores no ápice da pandemia; atividades serão intensificadas se direção do banco não se posicionar sobre as demandas
Imagem Destaque
Dirigentes Chico Pugliesi (à direita), Leonardo Quadros (centro) e Renato Perez protestam na CPTI pelo correto pagamento da PLR Social

Empregados da Caixa deflagraram atividade nacional nesta quarta-feira 7 para cobrar da gestão Pedro Guimarães pagamento da PLR Social como determina o Acordo Coletivo de Trabalho, por mais contratações, contra o fatiamento da Caixa e em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores no momento mais crítico da pandemia do coronavírus.  

O pagamento da PLR Social está sendo feito com base em 3% do lucro líquido contábil, sendo que o ACT é bem claro ao determinar o pagamento com base em 4%. 

“Estamos denunciando a total falta de transparência da Caixa com os empregados. E agora, depois que o Sindicato e as demais entidades representativas descobriram que foi pago a menos, Pedro Guimarães e outros membros da direção do banco estão fazendo lives quase diárias para tentar explicar o malarabismo contábil, com base em tabela que nunca tinha sido mostrada antes para os empregados, para justificar porque o banco está pagando menos aos empregados justamente no ano da pandemia”, enfatiza Dionísio Reis, diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e empregado da Caixa.

Nesta quarta-feira 7, às 20h, será realizada live no Facebook e no YouTube do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A transmissão irá abordar a falta de transparência da atual direção da Caixa no pagamento da PLR Social e as contratações da Caixa. 

Também nesta quarta-feira 7 foi realizado julgamento da Ação Civil Pública trabalhista coletiva movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre os comunicados do Tribunal de Contas de União (TCU) enviados aos bancários aprovados no concurso de 2014 considerando ilegais as contratações.

“Assim como na primeira instância, a segunda instância também foi vitoriosa aos trabalhadores, apesar de a Caixa ter se furtado da possibilidade de fazer acordo”, comemora Dionísio. 

Em São Paulo, a atividade nacional desta quarta-feira 7 se concentrou na Gipes, onde os dirigentes do Sindicato e da Apcef conversaram com novos contratados. 

Em defesa da vida dos empregados na pandemia

Em São Paulo, também ocorreram protestos na CEPTI, onde os empregados de Tecnologia da Informação (TI) - CEPTI, Cedes e Ciaus -, exceto os incluídos no grupo de risco, haviam sido convocados para retorno ao trabalho presencial.

“Cobramos a garantia da preservação das vidas dos empregados por meio da manutenção do trabalho remoto na TI, em uma ação bem sucedida. Além disso, reiteramos a vitória dos trabalhadores, que na semana da antecipação dos feriados tiveram de trabalhar presencialmente e vão receber hora extra, e quem trabalhou remotamente terá direito a folga. Qualquer problema, o empregado deve entrar em contato com o Sindicato ou com  Apcef", orienta Dionísio Reis.

Mais um fatiamento da Caixa

A atividade desta quarta-feira denunciou ainda intenção de mais um fatiamento da Caixa Econômica Federal. Está previsto para o dia 29 abertura de capital da Caixa Seguridade. 

“O governo pretende entregar ao capital privado a preço de banana uma das áreas mais rentáveis do banco. Estimativas do mercado apontam que o governo pretende arrecadar cerca de R$ 5 bilhões com a oferta de ações, valor equivalente à lucratividade anual do segmento. Um ataque frontal à Caixa que enfraquecerá ainda mais o banco público frente à concorrência privada”, afirma Dionísio.  

“Se a Caixa continuar tergiversando sobre nossas reivindicações e não se posicionar, os empregados intensificarão as atividades e protestos nas próximas semana”, finaliza o dirigente. 

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