Nos dias 11 e 12 de abril, representantes do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região estiveram em Brasília, junto com representantes das centrais sindicais, para defender os direitos da categoria bancária e dos trabalhadores como um todo. Foram realizadas agendas na Câmara dos Deputados, Senado Federal e Tribunal Superior do Trabalho (TST).
No Congresso e TST, foram entregues a Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, a Agenda Jurídica das Centrais Sindicais no STF, além da Pauta da Classe Trabalhadora, documento aprovado na segunda Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat), no qual estão reunidas dezenas de reivindicações dos trabalhadores que servirão de base para a mobilização nos próximos meses, e que também serão entregues aos candidatos à Presidência.
No Senado, a convite do senador Paulo Paim (PT), os representantes dos trabalhadores participaram de Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos, na qual foi debatida a pauta dos trabalhadores e o Estatuto do Trabalho. Já na Câmara dos Deputados, foi realizada cerimônia no Salão Nobre para a entrega dos documentos aos parlamentares.
Finalizando os compromissos no Congresso, os trabalhadores se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSB). Na reunião, além da entrega dos documentos, foram debatidos temas importantes como, por exemplo, a valorização da negociação coletiva, uma vez que o atual governo insiste em atacar a organização e os direitos trabalhistas através de medidas provisórias que permitem a celebração de acordos individuais, em evidente equação desigual de forças.
MP 1108 preocupa a categoria bancária
O controle da jornada de trabalho e o recebimento de horas extras pelos bancários estão sob ataque, uma vez que o texto da Medida Provisória 1.108, apresentado pelo governo federal, permite a contratação por produção e por tarefa, com celebração de acordo individual entre patrão e empregado. Ainda não foi constituída a comissão mista que vai analisar a MP 1.108 e nem indicado o seu relator.
“Estamos atentos e presentes no Congresso Nacional para esclarecer os parlamentares sobre mais esta tentativa de precarização das relações de trabalho apresentada pelo governo Bolsonaro. O texto da MP 1.108 é um ataque aos nossos direitos e estamos lutando por sua rejeição”, destaca o dirigente sindical e representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo no Grupo Nacional da Agenda Legislativa das Centrais Sindicais, Alexandre Caso.